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Nova política industrial segue estratégia de MS, diz Verruck

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Nova Indústria Brasil tem meta de aumentar para 50% participação da agroindústria no PIB do agro, mecanizar 70% da agricultura familiar e digitalizar 90% das indústrias, entre outras ações

Por João Prestes – Semadesc

O conjunto de programas, projetos e ações anunciados segunda-feira (22) pelo presidente Lula para impulsionar o desenvolvimento do setor industrial, batizado de Nova Indústria Brasil, está muito alinhado com as diretrizes já adotadas em Mato Grosso do Sul e que apresentam resultados positivos, tanto para o setor quanto ao conjunto da economia.

A análise é do secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck.

Jaime Verruck (Foto: Divulgação-Semadesc)

“Eu acredito que o Mato Grosso do Sul está muito alinhado com a proposta nacional e, talvez, seja um Estado pronto para crescer dentro dessa nova política industrial e se desenvolver ainda mais rapidamente. Acho que a política federal da neoindustrialização traz uma força, um vetor para desenvolver o Estado de Mato Grosso do Sul dentro de um processo inclusivo, digital, próspero e verde, que já é a diretriz adotada pelo governador Eduardo Riedel e, agora, estende-se em nível nacional”, ponderou Verruck.

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O Plano Nova Indústria Brasil traz importantes missões para o setor alcançar até 2033, como o aumentar para 50% de participação da agroindústria no PIB agropecuário, mecanizar 70% das atividades na Agricultura Familiar com máquinas produzidas no Brasil (pelo menos 95%). Na área urbana, a meta é digitalizar 90% das indústrias e diminuir 20% o tempo de deslocamento de casa ao trabalho; na Saúde, produzir 70% dos medicamentos, vacinas, equipamentos, materiais e insumos. O Governo acena com aporte de R$ 300 bilhões em incentivos, linhas de crédito e subvenções para custear as medidas necessárias.

Indústria de bebidas (Foto: Divulgação Fiems)

O ponto que mais aproxima o plano nacional do estadual é na sustentabilidade. A meta do Governo Federal é cortar em 30% as emissões de gás carbônico por valor adicionado do PIB da Indústria, elevar a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes e aumentar o uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria em 1% ao ano.

“Mato Grosso do Sul já está nesse processo de descarbonização da economia e traz outros elementos importantes. Temos uma política de inovação relevante e vamos lançar nos próximos dias uma política estadual de ciência, tecnologia e inovação, levando isso para um projeto de lei”, revelou o secretário. A meta de Mato Grosso do Sul é se tornar Estado Carbono Neutro até 2030.

Com relação ao incremento da participação da agroindústria no PIB agropecuário, Verruck lembra que Mato Grosso do Sul já trabalha nesse sentido e pode ser ainda mais beneficiado com a política federal porque já tem os alicerces do programa.

“Em 2023 nós exportamos mais produtos agroindustriais do que produtos primários, essa é uma primeira lógica importante. Mas o plano federal traz outra questão que é a inovação, a necessidade de modernização da indústria brasileira, aumentar o conteúdo tecnológico. Para isso nós precisamos de financiamento, precisamos de pesquisa e inovação. Isso é fundamental para dar produtividade e competitividade. Então, tudo aquilo que nós vimos aqui no Mato Grosso do Sul, que nós discutimos nos últimos anos, fortemente, que é a agregação de valor, transformar o produto agroindustrial, ele se insere agora na política nacional como uma nova política industrial.”

Agroindústria é o maior segmento do setor industrial em MS (Foto: Divulgação Semadesc)

O secretário considerou fundamental o anúncio dos recursos de R$ 300 bilhões para concretizar o plano, refutando questionamentos a respeito.

“Vai ter que ser um financiamento subsidiado. Com isso estamos retornando à discussão de incentivos à indústria brasileira, como é na agricultura. Fazer um financiamento subsidiado e encarar isso é necessário. Para a retomada da indústria brasileira nós precisaremos de recursos subsidiados e, obviamente, o conjunto da sociedade vai ter que pagar esse subsídio para o desenvolvimento industrial, para a geração de valor, para a questão da geração de emprego”.

Quanto à mecanização da agricultura familiar, Verruck considerou importante para aumentar a produtividade, levar desenvolvimento social e melhoria das condições de vida com aumento de renda aos pequenos produtores. “O objetivo é incentivar essa indústria de produção de máquinas e equipamentos para a agricultura familiar e, consequentemente, a agricultura familiar também poder se desenvolver, gerar um aumento de renda e também melhorar a produtividade no campo, não só do agronegócio, que é altamente competitivo, mas também na estrutura da agricultura familiar”, salientou.

O Governo do Estado tem feito investimento robusto para o desenvolvimento da Agricultura Familiar. No ano passado foram entregues maquinários e implementos agrícolas para comunidades de 18 municípios, totalizando R$ 5 milhões, e outros R$ 35 milhões em recursos já estavam assegurados para investir em equipamentos e ações fomento à produção, recursos oriundos de emendas parlamentares.

Finalizando a análise do Plano Nova Indústria Brasil, o secretário Jaime Verruck indaga como Mato Grosso do Sul pode aproveitar o programa e atrair ainda mais desenvolvimento econômico, prosseguindo no crescimento dos últimos anos.

Celulose é o principal ítem das exportações (Foto: Anderson Viegas-G1-MS)

“A política que desenvolve a neoindustrialização está muito alinhada à estratégia já definida pelo governador Eduardo Riedel para Mato Grosso do Sul quando traz a ideia da inclusão, do desenvolvimento, da prosperidade, da economia verde. Ficou muito forte o conceito da transição energética, da economia verde, trazer alternativas aos combustíveis fósseis. Eu acredito que o Mato Grosso do Sul pode ser um Estado muito beneficiado pela nova política de industrialização porque ela traz exatamente os mesmos elementos que já estamos implantando.”

 

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