Voce já teve a curiosidade de saber o nome das árvores e quais estão ameaçadas de extinção?
Árvores nativas são aquelas originárias de uma determinada região, ecossistema ou país. Quando falamos das espécies brasileiras, elas se destacam pela sua beleza e versatilidade. As árvores nativas podem ser usadas para a recuperação de áreas degradadas, preservação permanente, paisagismo, arborização urbana, entre outras atividades.
Existem algumas espécies de árvores nativas que nascem apenas em um determinado bioma ou ecossistema. Elas são chamadas de endêmicas. Já quando uma árvore é nativa de uma região e é introduzida em outra, ela é considerada uma espécie exótica naquele local.
- Infelizmente, várias árvores nativas brasileiras estão ameaçadas de extinção, como a Castanheira, uma das espécies mais atacadas na Amazônia. Veja quais são as árvores nativas ameaçadas de extinção neste infográfico produzido pelo Estadão
Árvores em extinção – Estadão (estadao.com.br)
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Veja algumas das principais árvores nativas e em quais regiões do Brasil elas estão presentes
Pata de Vaca (Bauhinia variegata)
Estados: GO, MG, MT, PR, SP
Pata de Vaca é uma das espécies mais bonitas e delicadas. Ela também é conhecida como árvore orquídea, porque suas flores lembram a flor de mesmo nome. Os tons de rosa podem variar de acordo com o clima, região e variedade da espécie. Essa é uma das árvores nativas indicadas para arborização urbana, já que seu porte pode chegar apenas a 9 m. Mas caso ela seja plantada em calçadas com fiação, é necessário podá-la regularmente.
Quaresmeira (Tibouchina granulosa)
Estados: BA, ES, MG, PA, RJ, SP
A Quaresmeira é mais um dos tipos de árvores nativas indicadas para a arborização urbana, pois não apresenta raízes agressivas, tem fácil manutenção e crescimento lento. Sua altura fica entre 8 a 12m. Ela pode ser plantada em calçadas de ruas, avenidas, praças, parques e jardins em geral. Além das flores roxas, existe uma espécie da árvore que apresenta tonalidade rosa. Uma curiosidade de uma das árvores nativas do Brasil mais conhecidas é em relação ao seu nome. Ela é chamada de Quaresmeira porque seu período de floração, entre janeiro e abril, coincide com a Quaresma Cristã.
Jacarandá de Minas (Jacaranda Cuspidifolia)
Estados: MG, GO, MS, MT, SP, PR
O Jacarandá de Minas pode atingir até 10m de altura. Por não ter raízes agressivas e apresentar boa resistência à poluição, a espécie é bastante utilizada na arborização urbana de grandes cidades. Ela também costuma ser utilizada em projetos de paisagismo, e sua madeira é uma das indicadas para marcenaria. Suas folhas caem durante o inverno e dão lugar às flores na primavera, criando um lindo visual. Trata-se de uma das árvores nativas do Brasil mais conhecidas.
Sibipiruna (Caesalpinia Peltophoroides)
Estados: BA, MS, RJ
Esse é um dos tipos de árvores nativas frequentemente confundida com o Pau-Brasil (Ceasalpinia echimata) devido a semelhança de suas folhas. A espécie tem uma altura média de 8m. A copa da Sibipiruna, com belas flores amarelas, é bastante ornamental e está presente com frequência no paisagismo de cidades do Sudeste. Ela também é recomendada para o plantio em áreas degradadas.
Manacá da Serra (Tibouchina mutabilis)
Estados: MG, RJ, SP
O Manacá da Serra é uma das espécies de árvores nativas brasileiras mais curiosas, pois é a única árvore do seu gênero que apresenta mudança de cor nas flores. Elas nascem brancas, ficam rosadas e morrem roxas.Devido essa característica tão inusitada, ela é um dos tipos de árvores nativas mais utilizadas em projetos de paisagismo. A espécie também é favorável para a arborização urbana, pois apresenta raízes pouco agressivas. Sua altura pode chegar a 12 m.
Chuva de Ouro (Lophantera lactescens)
Estados: regiões da Mata Atlântica
Essa espécie é originária da floresta amazônica e não se desenvolve bem em climas frios. Sua altura fica entre 10 e 20m. O destaque fica por conta dos belos cachos de flores pendentes, que torna a espécie uma das árvores nativas mais interessantes do Brasil. A Chuva de Ouro tem crescimento moderado e é indicada para o plantio em parques e jardins, assim como na recuperação de áreas degradadas. Sua madeira é utilizada na construção civil, marcenaria e carpintaria.
Ipê-branco (Tabebuia roseo-alba)
Estados: GO, MG, MS, SP
O Ipê-branco tem uma altura que fica entre 7 a 16 m e é nativa do cerrado e pantanal brasileiros. Entre suas características estão o tronco reto, com cerca de 40 a 50 centímetros de diâmetro, e a casca fissurada. Sua flores são brancas ou levemente rosadas, presentes em uma das copas mais elegantes entre as árvores nativas do Brasil. O Ipê-Branco é usado em projetos paisagísticos e também na recuperação de áreas degradadas, já que se adapta bem a solos pobres e pedregosos.
Babosa Branca (Cordia superba)
Estados: BA, MG, RJ, SP
Essa espécie tem grande potencial para a arborização urbana no sul e sudeste, pois se adapta bem ao clima das regiões e pode ser plantada sobre a rede elétrica. A Babosa Branca também pode ser usada para paisagismo. Suas flores brancas são belas e delicadas, dando um visual lindo para o espaço. Trata-se de um dos tipos de árvores nativas que apresentam frutos, mas nesse caso eles são consumidos apenas por pássaros e outros animais. A altura da Babosa Branca pode ficar entre 7 a 10m.
Ipê-amarelo (Tabebuia ochracea)
Estados: RS, SC, PR, SP, RJ, MG, GO, ES
O Ipê-amarelo é uma das árvores nativas do Brasil mais conhecidas, considerada por muitos a mais bonita. Seu nome científico tem origem no tupi-guarani. A palavra tabebuia significa “pau ou madeira que flutua”, pois uma da característica de sua madeira é a alta resistência à água. O termo ipê também tem origem indígena e significa “árvore de casca grossa”. Ela apresenta grande versatilidade em projetos de paisagismo, podendo ser plantada em ruas, parques, jardins públicos e residenciais. Sua altura pode chegar a 10 m.
Aroeira-vermelha (Astronium fraxinifolium)
Estados: regiões de cerrado
A Aroeira-vermelha é uma árvore de médio porte, que pode atingir alturas de 8 a 12m. Suas sementes lembram a pimenta do reino devido à coloração e formato. É um dos tipos de árvores nativas do Brasil que se adaptam a solos mais difíceis (secos e pedregosos). Na zona rural, sua madeira é utilizada para a construção de cercas e produção de lenha. Já na zona urbana, ela pode ser encontrada em avenidas, ruas e praças. A Aroeira-vermelha é ideal para a arborização urbana porque faz pouca sujeira, não arrebenta as calçadas e nem atrapalha o trânsito de veículos grandes.
Angico-branco (Anadenanthera colubrina)
Estados: AL, BA, CE, ES, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PB, PE, PI, RJ, RN, SE, SP, TO
Essa árvore nativa brasileira é de grande porte, podendo chegar a 15 m de altura. Ela está no grupo de árvores nativas usadas para recuperação de áreas degradadas e também pode ser utilizada na arborização urbana de estradas e parques. Devido ao seu tamanho e tempo de vida relativamente curto, a Angico-branco não é indicada para o plantio em ruas. Sua madeira é usada tanto na marcenaria como na carpintaria.
Cambucá (Plinia edulis)
Estados: PR, RJ, SC, SP
Essa espécie é o primeiro exemplo na nossa lista de árvores nativas que apresenta fruto comestível, o Cambucá. Seu nome vem do tupi-guarani e significa “fruta de mamar ou chupar”, já que a polpa precisa ser sugada da casca para ser consumida. O cambucá fez parte da alimentação cotidiana da região litorânea da Mata Atlântica até a primeira metade do século XX. Hoje, o fruto é pouquíssimo conhecido. A árvore tem uma copa frondosa e de forma alongada, e seu tronco é avermelhado com a textura lisa. A espécie é indicada para a recuperação de áreas degradadas e de preservação permanente.
Canela-louro (Nectandra megapotamica)
Estados: MS, PR, RS, SC, SP
Conhecida como Canelinha, essa árvore nativa é de grande porte, podendo atingir até 25m. Apesar do tamanho, ela pode ser usada tranquilamente em projetos de arborização urbana, necessitando de podas esporádicas. A espécie também é indicada para a recuperação de áreas degradadas. Apesar de pequena, sua florada é muito charmosa e perfumada. Sua copa é redonda e cheia, com folhas médias e frutos pequenos.
Guabiroba-árvore (Campomanesia xanthocarpa)
Estados: AC, AM, AP, BA, ES, MA, MG, MT, PA, PR, RJ, RO, RR, RS, SC, SP, TO
O nome da espécie tem origem no tupi-guarani e significa “árvore de casca amarga”. A Guabiroba-árvore tem folhas simples, de 5 a 6 cm, e frutos de 1,5 cm. Ela exige poucos cuidados e tem crescimento rápido. Seu fruto pode ser consumido in natura ou usado em receitas de sucos, doces, sorvetes, pudins e licores. É uma das árvores nativas que servem de matéria-prima para objetos como instrumentos musicais e cabos de ferramentas.
Grumixama (Eugenia brasiliensis)
Estados: BA, ES, MG, PR, RJ, SC, SP
A Grumixama está no grupo de árvores nativas brasileiras ameaçada de extinção. Sua madeira, de tonalidade clara, foi largamente explorada para uso na caixotaria, carpintaria e marcenaria. Ela pode chegar a até 15 m de altura, e seus frutos podem ser consumidos por humanos e aves. As folhas da Grumixama são de uma tonalidade verde bastante profunda, o que destaca suas flores brancas.
Açoita-cavalo miúdo (Luehea divaricata)
Estados: BA, CE, ES, GO, MG, MS, MT, PI, PR, RJ, RS, SC, SP
Essa espécie pode atingir 25 m de altura, sendo que o tamanho máximo do tronco é de 60cm. A madeira da açoita-cavalo é utilizada na fabricação de móveis, mas se destaca principalmente na confecção de papel. Sua flores têm coloração rósea ou roxa, é possível vê-las durante dezembro, janeiro e fevereiro, época de sua floração. A origem do seu nome popular é devido a flexibilidade dos galhos, que costumam ser utilizados como chicotes de animais.
Sapuva (Machaerium stipitatum)
Estado: ES, MG, MS, PR, RJ, RS, SC, SP
A Sapuva é mais um dos tipos de árvores nativas ideais para a recuperação de áreas degradadas. Seu nome também está presente no manual técnico de arborização urbana de várias cidades, como São Paulo e Embu das Artes. Uma das características mais interessantes dessa árvore nativa brasileira é seu uso medicinal pelos índios. Eles costumam aplicá-la para curar feridas no corpo e infecções na boca.
Jacarandá-paulista (Machaerium villosum)
Estado: ES, GO, MG, MS, MT, PR, RJ, RS, SC, SP
O Jacarandá é uma das árvores nativas brasileiras classificadas como madeira de lei. Sua altura pode chegar a 30m. As flores dessa espécie são esbranquiçadas e a copa é alongada e ampla. A floração da espécie ocorre entre outubro e dezembro. Quando falamos de arborização urbana, seu plantio é indicado para praças e parques. Uma curiosidade é que ela se adapta muito bem a terrenos arenosos.
Imagem do destaque – Dida Sampaio – Estadão