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Inclusão produtiva amplia oportunidades de renda para 70 mil famílias

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Política Nacional de Desenvolvimento Regional visa gerar mais oportunidades de crescimento sustentável, incentivos à produtividade e competitividade

Por Thays Araújo – ABr

O programa de inclusão produtiva e desenvolvimento sustentável, Rotas de Integração Nacional, completa 10 anos de implementação em 2024. São 13 segmentos produtivos beneficiados, mais de 70 mil famílias contempladas em 1.300 municípios brasileiros e neste ano ganha o reforço da nova Política Nacional de Desenvolvimento Regional, instituída pelo Decreto n• 11.962/2024, que visa gerar mais oportunidades de crescimento sustentável, incentivos à produtividade e competitividade regional.

Coordenado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), as Rotas de Integração Nacional são compostas pelas cadeias produtivas do Mel, Açaí, Leite, Fruticultura, Moda, Cacau, Biodiversidade, Economia Circular, Pescado, Cordeiro, Tecnologia da Informação, Mandioca e Avicultura Caipira.

Os investimentos no último ano foram de R$ 30 milhões em assistência técnica, capacitação, extensão universitária, fortalecimento da governança, pesquisa e disseminação do conhecimento, aperfeiçoamento de instrumentos de arrecadação e de gestão de serviços, desenvolvimento de metodologias de monitoramento e avaliação de políticas e programas e o apoio à elaboração de projetos integrados para o desenvolvimento regional e ordenamento territorial.

Segundo a secretária Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do MIDR, Adriana Melo, o programa tem um potencial transformador, tanto para o pequeno produtor, quanto para a região onde ele vive. “As Rotas têm impacto direto na transformação do território. Regiões que outrora não ofereciam oportunidades de desenvolvimento e geração de emprego e renda, agora passam a ter cadeias produtivas estruturadas, possibilitando inclusive o fornecimento de insumos para outros estado e países. Ou seja, esses produtores passam a se integrar ao ciclo de dinamismo econômico que o País vive”, explicou.

Adriana Melo acrescenta, ainda, que o Programa trabalha com dois paradigmas essenciais: a inovação e a sustentabilidade. Um exemplo pode ser observado com a Rota do Cacau, que utiliza sistemas agroflorestais para a recuperação de áreas alteradas, contribuindo para a recomposição da floresta Amazônica. “Esse tipo de sistema otimiza o uso da terra, conciliando a preservação ambiental com a produção de alimentos, conservando o solo e diminuindo a pressão pelo uso da terra para a produção agrícola”.

Outra novidade é o incentivo à criação de startups e a busca por parcerias com universidades e institutos de ensino e pesquisa, de forma a encontrar soluções mais eficientes para as necessidades de cada arranjo produtivo local. “Esse conhecimento técnico e especializado é repassado para os produtores por meio das capacitações, que auxiliam de forma muito efetiva no desenvolvimento das atividades e aplicação de técnicas sustentáveis de manejo e produtividade”, afirma Adriana Melo.

Beneficiada pelo Rotas de Integração Nacional, Rosilene de Oliveira Arruda, de 38 anos, destaca a importância do trabalho para os pequenos produtores. Moradora do Povoado de Vila Aparecida, no município de Jaraguá (GO), ela participou do ciclo de capacitação realizado pelo MIDR em 2023, em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG).

“A Rota da Fruticultura chegou até nós por meio dos treinamentos. Foi um projeto muito importante para minar a visão de que a mulher do campo não pode atuar e garantir seu sustento. Essa capacitação veio para que pudéssemos incrementar a renda das nossas famílias”, explicou. A produtora coordena o Movimento Camponês Popular (MCP), que atua no apoio ao pequeno produtor, na construção de casas na região.

De acordo com a secretária do MIDR, identificar vocações produtivas para determinadas regiões, preenche também algumas lacunas econômicas e gera oportunidades não só para o produtor, mas para a comunidade que reside nessas localidades. “O Programa ajuda a fomentar cada vez mais o cooperativismo, ampliando as ofertas de trabalho e renda para a população local, por meio da valorização dos potenciais regionais”, concluiu Adriana Melo.

Segundo o coordenador do Programa Rotas de Integração Nacional, Tiago Araújo, para 2024 estão sendo pensadas muitas novidades. A primeira delas é a implementação do polo da Avicultura Caipira no estado da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Sul.

“A criação da Rota da Avicultura Caipira é um pilar fundamental do futuro agropecuário do país. A avicultura caipira representa uma grande oportunidade para impulsionar o desenvolvimento rural sustentável no Brasil, trazendo benefícios econômicos, sociais e ambientais associados a essa produção de proteína. Ao reconhecer e apoiar a avicultura caipira, pode-se fortalecer as comunidades rurais, associações, cooperativas, além de ajudar a promoção e inclusão de jovens e mulheres”, destaca o coordenador.

Há também a aposta na demanda hídrica para frutíferas em um cenário de mudanças climáticas usando inteligência artificial. “Temos muitas novidades por vir e investimentos em outros setores estratégicos”, finalizou Tiago Araújo.

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