sexta-feira, novembro 22, 2024
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Lâmpada inteligente reduz a zero custo da iluminação pública

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Lâmpadas armazenam energia gerada durante o dia pela luz do sul e à noite iluminam parques, avenidas e trevos rodoviários

Por Bruno Chaves – Seilog

A lâmpada solar, também chamada de lâmpada inteligente ou LED Solar, funciona captando e absorvendo a energia do sol ao longo do dia, por meio de um painel solar que fica em seu topo, no qual sensores fotovoltaicos fazem a conversão da luz solar em eletricidade. A energia captada é armazenada em sua bateria interna, possibilitando que ela seja carregada.

Iluminação da MS-156, entre Dourados e Itaporã

Com essa tecnologia, o governo do Estado espera economizar custos com a manutenção do sistema de iluminação pública, entre outras vantagens, já que a luz solar dá autonomia e independência total, sem necessidade de manutenção. O sistema solar já funciona em algumas rodovias, como Dourados-Itaporã, na ponte rodoferroviária de Aparecida do Taboado, e também ilumina trevos rodoviários, como o minianel de Ponta Porã.

Levar energia limpa e renovável para os espaços públicos de Mato Grosso do Sul é uma das metas da Seilog (Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística) dentro do plano de governo, que tem a sustentabilidade um de seus pilares.

Através da Superintendência de Energia e Saneamento, a secretaria criou o programa “MS Energia Limpa” para reunir os investimentos aplicados em novos sistemas que utilizam a energia gerada a partir da luz do sol para iluminar espaços públicos, como rotatórias de rodovias, ruas, avenidas e ciclovias, entre outros bens de uso comum.

Para 2024, o planejamento é investir R$ 14,2 milhões em iluminação pública com luminárias do tipo LED autogeradora de luz solar. “Estamos avançando na geração de energia limpa e renovável. A energia fotovoltaica é moderna e não gera custos, pois utiliza a luz do sol para iluminar os espaços públicos, levando mais segurança para as pessoas”, destaca o secretário de Infraestrutura e Logística, Helio Peluffo.

Três obras já estão em licitação: uma para iluminar a Ponte do Passo do Lontra, na MS-184, em Corumbá; outra para instalar iluminação na ciclovia da MS-427, em Rio Verde de Mato Grosso; e a terceira para colocar sistemas de iluminação pública nas diversas rotatórias das rodovias estaduais de Mato Grosso do Sul.

Nos cálculos da Seilog, juntos, esses sistemas de iluminação que utilizarão lâmpadas do tipo LED solar devem gerar economia de mais de meio milhão de reais por ano aos cofres públicos, já que eles não geram contas de energia e tampouco dão gastos com manutenção.

Só em 2023, o investimento da Secretaria na área de energia solar chegou a R$ 4,6 milhões, com as instalações dos sistemas de iluminação solar na Avenida dos Cafezais, em Campo Grande; no estacionamento do Hospital Regional de Dourados; na ciclovia da MS-473, em Taquarussu; e nos estacionamentos das 16 regionais da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos). A economia estimada com a ausência de contas de luz é de R$ 282 mil.

Outro projeto, ainda em execução, é a instalação do sistema de iluminação em LED solar no anel viário de Ponta Porã, nas alas sul e norte, e em trechos da Rua Guia Lopes. A secretaria firmou convênio de R$ 7,7 milhões com a prefeitura municipal para a instalação do sistema, que deve dar economia de R$ 408 mil/ano.

Em anos anteriores, a secretaria instalou sistemas de energia fotovoltaica na MS-156, entre Dourados e Itaporã, e na ponte rodoferroviária sobre o Rio Paraná, entre Aparecida do Taboado e Rubinéia (SP), gerando economia anual de quase R$ 1 milhão.

O sistema de iluminação de LED solar da MS-156, entre Dourados e Itaporã, completou um ano em dezembro, gerando economia de R$ 633. O investimento no sistema de iluminação de LED solar na rodovia foi de R$ 4 milhões, segundo a Seilog.

Sistema está sendo implantado no Mini-Anel de Ponta Porã

Outro exemplo de investimento que deu resultados positivos foi a troca da iluminação da ponte rodoferroviária entre Aparecida do Taboado e Rubinéia (SP). O sistema de iluminação de LED solar na estrutura foi ativado em janeiro de 2022. Um ano após a troca, a economia aos cofres públicos chegou a R$ 161 mil. Em 20 meses, a economia chegou a R$ 268,3 mil.

A ponte rodoferroviária também era alvo de furtos da rede elétrica. O investimento do Estado no sistema de iluminação LED solar na ponte foi de R$ 2 milhões. Se fosse recuperar o sistema antigo de energia, o custo seria maior, de R$ 2,2 milhões, podendo a estrutura ser novamente furtada e vandalizada, segundo a Seilog.

Além de gerar economia aos cofres estaduais com as contas de energia, os sistemas de iluminação com luz solar não demandam manutenção com troca de lâmpadas, reatores, reles e disjuntores, e dão mais segurança aos cidadãos, já que impossibilitam o furto de cabos e a interrupção da iluminação pública.

Bruno Chaves, Comunicação Seilog
Fotos: Chico Ribeiro

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