Relatório indica aumento nas áreas de seca severa. Lavouras e rebanhos enfrentam desafios crescentes com o aumento das temperaturas e a escassez de chuvas
Esta situação meteorológica adversa não é única da Argentina, refletindo uma preocupação compartilhada por agricultores em toda a América do Sul, incluindo o Brasil, um dos maiores produtores de soja do mundo. As altas temperaturas, que ultrapassaram os 35°C em várias regiões, incluindo o norte argentino, Cuyo, o oeste da região Pampeana e o norte da Patagônia, com picos de até 41.2°C em Cipolletti, exacerbaram os efeitos da seca, afetando diretamente a qualidade e o desenvolvimento da soja.
A combinação de calor extremo e falta de umidade é particularmente prejudicial para a soja, uma cultura altamente sensível às condições climáticas durante sua fase de florescimento e enchimento de grãos. O stress hídrico e térmico durante estes períodos críticos pode resultar em redução significativa na qualidade dos grãos, afetando tanto o rendimento quanto a composição nutricional da soja, com implicações diretas para o mercado agroexportador e a economia regional.