quinta-feira, novembro 21, 2024
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Turismo protege e dissemina saberes milenares de comunidades

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Projeto Experiências do Brasil Original promove a inserção social, desenvolvimento econômico e a valorização dos recursos naturais e culturais desses territórios

Por Agência Gov – MTur

Celebrando a diversidade das culturas originárias, no dia 19 de abril é comemorado o Dia dos Povos Indígenas. A data, criada em 1943, tem o intuito de combater preconceitos, difundir tradições e os direitos de um povo que é a ancestralidade do Brasil.

Responsáveis pela criação da identidade brasileira, os povos indígenas carregam relevantes elementos culturais e étnicos que estão se transformando, também, em atrativos turísticos. Iniciativas que aliam o turismo ao resgate da cultura indígena, à preservação do meio ambiente e à geração de renda para as comunidades, têm sido cada vez mais comuns no País.

Pensando nisso, o Ministério do Turismo, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), criou o projeto Experiências do Brasil Original (EBO). O objetivo é a formatação de experiências turísticas memoráveis e transformativas ofertadas pelas comunidades tradicionais do Brasil.

A edição piloto do projeto iniciou no ano passado e contemplou quatro comunidades: duas indígenas, no Pará e em Roraima, e duas quilombolas, no Pará e Goiás. Como resultados, os roteiros criados levam os turistas a uma imersão na cultura popular ancestral.

Uma das responsáveis do projeto, a coordenadora-geral de Produtos e Experiências Turísticas do Ministério do Turismo, Fabiana Oliveira, comenta que a ideia é dar visibilidade à história, às tradições e aos diferentes costumes, saberes e modos de fazer de povos e comunidades que habitam importantes biomas brasileiros. “Além de expandir os debates sobre a valorização dos povos originários brasileiros, a iniciativa destaca, sobretudo, a história, a cultura, e a ancestralidade, a partir do turismo de base comunitária”, explica.

A coordenadora de Produção Associada ao Turismo, Anna Modesto, pontuou os benefícios que o EBO traz às comunidades. “Nós tivemos como resultado um total de 40 experiências memoráveis e transformativas formatadas e mais de 170 pessoas qualificadas, sendo que, destas, mais de 30 são jovens, e mais de 50 são mulheres. Ao todo, foram 90 famílias beneficiadas dentro das comunidades”, comemorou.

O representante da Comunidade Indígena Raposa I, em Roraima, Enoque Raposo, fala que o projeto ajuda no desenvolvimento do local. “Em cada roteiro do projeto tem-se uma história para contar para os visitantes. Cada roteiro tem um significado muito forte para nós indígenas”, contou. “Além de valorizar nossa cultura, o EBO trabalha o etnoturismo com o objetivo não somente de proteger o meio ambiente, mas proteger também a nossa identidade, a nossa língua, os nossos costumes”, comentou.

Conheça mais das comunidades participantes do Experiências do Brasil Original:

Borari – Na Comunidade Indígena Borari, em Alter do Chão, no Pará, os visitantes são convidados a fazerem um “Mergulho Ancestral com as Suraras do Tapajós”, em uma imersão na cultura Tapajônica e tendo como anfitriãs as mulheres indígenas Borari. São elas que apresentam a história de luta e resistência desse povo, compartilhando saberes étnicos e ancestrais, por meio da contação de histórias, música e dança indígena. A visita também inclui a experiência do ”Pirarimbó”, o fantástico “Passeio Caboco”, a “Dormida na Floresta” e o passeio na “Trilha da Reserva Botânica Kuxiimawara Rêdá”.

Raposa I – Em Roraima, na Comunidade Indígena Raposa Serra do Sol I, quem chega por lá pode conhecer a paisagem da localidade e se conectar com a natureza durante um banho de cachoeira na “Trilha Cultural da Cachoeira da Raposa”. Outra atividade é a “Imersão cultural no sagrado território Raposa Serra Sol”, onde os turistas têm a oportunidade de praticar a tradicional atividade Macuxi do arco e flecha, acompanhar a dança Parixara, participar da arte de fazer panelas de barro com as indígenas anciãs, escutar suas histórias ou, ainda, fazer a “Caminhada à Serra do Arco-Íris” para ver o pôr do sol.

Quilombo África/Laranjituba – Partindo para o Quilombo África/Laranjituba, em Moju (PA), uma opção imperdível é a “Cultura do açaí: da extração à degustação”, uma experiência única para conhecer as delícias da fruta. Outra opção fica por conta da “Visita à casa de farinha Laranjituba e África: sabor e tradição”, onde se pode conhecer o espaço e ver de perto o processo de produção das farinhas à base de mandioca.

Povoado do Moinho – Na comunidade Quilombola do Povoado do Moinho, em Alto Paraíso (GO), os visitantes podem acompanhar a “Confecção das bonecas quilombolas”, contemplando cada etapa do processo, desde a elaboração do corpo até a criação de roupas, cabelos e rostos. Além disso, é possível degustar um delicioso café da manhã ouvindo histórias da Dona Irany sobre a sua família e o Quilombo Moinho, com o “Café da manhã com prosa na varanda”.

 

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