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Primeiro poço de gás natural deve ser perfurado em 2026 no Vale do Ivinhema

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Eneva começa no segundo semestre deste ano o mapeamento sísmico de 4 mil km de áreas na costa Leste do Estado

Reunião de gestores da Eneva com dirigentes da Agência de Regulação (Agems)
Por Agência 24h

O primeiro poço da petroleira Eneva, que tem a concessão para prospecção de gás natural em quatro áreas da costa Leste de Mato Grosso do Sul, será perfurado em 2026, informaram executivos da Companhia durante contatos com autoridades do Estado.

O ponto de partida exploratório será no Vale do Ivinhema, a partir do segundo semestre deste ano. A exploração abrange além de Ivinhema, os municípios de Angélica, Nova Andradina e Novo Horizonte do Sul. Até 2028 a Companhia vai buscar gás natural no Estado

A presença ou não de petróleo ou gás natural no subsolo de Mato Grosso do Sul só será indicada pelos estudos sísmicos. Não é de hoje que se busca óleo ou gás no Estado.

Essa nova exploração foi leiloada pela pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) em 27 de setembro de 2017. O leilão foi antecedido por estudos geológicos concluídos em novembro de 2013, quando a ANP assegurou perspectiva e alguma possibilidade de existir gás natural por aqui.

Plano foi apresentado em reunião na Semadesc na última segunda-feira

Na década de 1960 a Petrobrás furou poço em Três Lagoas procurando petróleo. Encontrou água termal. Somente em 2014 a estatal decidiu fechar o poço, diante a revolta da população em ter que consumir a água, distribuída na rede da Sanesul.

Na região da Bacia do Paraná, dentro do Estado, a prospecção foi concedida em uma área que engloba os municípios de Água Clara, Anaurilândia, Angélica, Bataguassu, Batayporã, Brasilândia, Campo Grande, Deodápolis, Ivinhema, Nova Alvorada do Sul, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Ribas do Rio Pardo, Rio Brilhante, Santa Rita do Pardo, Taquarussu e Três Lagoas.

A Eneva assumiu a exploração mesmo com a classificação dada pela ANP de que a Bacia do Paraná é uma nova fronteira, ou seja, possui áreas geologicamente pouco conhecidas. A exploração vai buscar as respostas. O contrato de concessão prevê, no mínimo, a obrigação da petroleira em realizar atividades de pesquisa, como sísmicas e perfuração de poços.

Regulação e relação institucional

Representantes da Eneva se reuniram com autoridades do governo do Estado e da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agems) para apresentar o plano de exploração de gás natural. Para o governo, o fato se reveste de uma grande importância porque o Estado pode entrar no segmento de produção, o que potencializaria ainda mais sua capacidade de distribuição. O plano foi recebido pelo diretor-presidente da Agems, Carlos Alberto de Assis, tratando-se basicamente do start dos estudos geológicos em área exploratória na bacia do Paraná.

“Estamos há mais de dois anos em tratativas com a Semadesc. Entendemos que a parceria com o Governo do Estado é fundamental, trabalhando juntos para alcançarmos os melhores resultados. Queremos expandir nossos negócios e gerar realidade positiva para a população”, disse o diretor de Relações Institucionais da Eneva, Rômulo Florentino, que veio ao Estado acompanhado de Lucas Ribeiro, do Setor de Regulação, e de Guilherme Bazan, do Setor Fundiário da companhia.

A Eneva tem know how no setor de óleo e gás, sendo considerada a maior operadora privada de gás do País. Sobre a perspectiva de encontrar gás, “considera que está abrindo frente em bacia de nova fronteira, similar à bacia do Parnaíba  – onde já atua –, mas com localização estratégica”.

Assim como é estratégica, segundo o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, a política de transição energética no Estado, que tem um arco de ações, entre elas o incentivo ao uso de gás natural e fontes renováveis de energia. A msgás, que distribui gás canalizado, está em acelerada expansão, ampliando a oferta de gás natural importado da Bolívia pelo Gasbol e garantindo o insumo para demanda futura, com contratos de médio e longo prazos com a Petrobrás.

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