Quatro artefatos explosivos foram encontrados na Penitenciária Estadual de Dourados durante a Operação Mute do Ministério da Justiça
Por Agência 24h
Durante as revistas nas celas da Penitenciária Estadual de Dourados, na quinta-feira, quatro artefatos explosivos artesanais foram localizados por policiais penais. A Polícia Militar (PM) foi acionada com o grupo de bombas e explosivos do Bope para realizar a remoção dos artefatos.
Os policiais realizaram a análise visual dos artefatos e foi constatado que mediam aproximadamente 15 centímetros, com um cordel detonante e, externamente, fragmentos de pregos e vidros. Todo o material foi enviado para análise pericial.
Segundo a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário do MS (Agepen-MS), a apreensão se deu com base em um levantamento realizado pela GISP (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário), que havia identificado a existência desses materiais proibidos. A Agepen informou, ainda que os artefatos foram arremessados por drones que sobrevoaram o presídio.
“Como parte das ações da Operação Mute, telamentos serão instalados sobre os pavilhões da Penitenciária Estadual de Dourados, para ajudar a coibir esses arremessos, assim como em outras unidades prisionais do estado”, informou a Agepen.
OPERAÇÃO
No dia anterior à apreensão dos explosivos, a unidade penal foi palco da quarta fase da Operação Mute. A iniciativa – coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), em parceria com os governos locais – visa combater a comunicação ilícita do crime organizado e reduzir os índices de violência em âmbito nacional.
Em Mato Grosso do Sul, a quarta fase da Operação Mute começou na segunda-feira, com vistorias feitas com a participação de operacionais do COPE (Comando de Operações Penitenciárias), responsáveis pela retirada e contenção dos presos, bem como policiais penais da própria penitenciária, encarregados das inspeções, além de membros da área de inteligência. Essa é a maior ação realizada pela Senappen no combate ao crime organizado dentro e fora dos presídios. O principal objetivo é cortar a comunicação entre os criminosos.
Segundo a Senappen, as comunicações proibidas representam um problema nacional com sérios impactos sociais, psicológicos e econômicos. A Operação Mute recebeu esse nome em referência à palavra “mudo” em inglês, refletindo a intenção de silenciar a comunicação externa dos internos, focalizando especialmente na apreensão de dispositivos de comunicação proibidos, como telefones celulares.