Adecoagro vai investir R$ 225,7 milhões na expansão da sua primeira planta de biogás e biometano de vinhaça no Estado
Por Agência 24h*
A Adecoagro, por meio de sua unidade no Vale do Ivinhema, vai quintuplicar a produção de biometano. Pioneira na produção e comercialização de biogás, a usina, que já opera um complexo de geração de energia limpa e renovável, anunciou investimento de R$ 225,7 milhões na instalação de mais dois biodigestores, para ampliar o uso de biometano em suas operações industriais e de logística e transportes e ainda gerar excedente de energia.
O governador Eduardo Riedel esteve em Ivinhema na quinta-feira e chegou à usina da Adecoagro dirigindo um veículo movido a biometano, simbolizando o apoio do Estado, que tem programas e ações avançadas na descarbonização do clima. O combustível é produzido a partir da vinhaça de cana-de-açúcar, fonte de energia limpa e renovável.
As pesquisas da Adecoagro com biogás e biometano começaram em 2010 e no ano de 2018 o primeiro biodigestor entrou em funcionamento. Já em 2021, a companhia se tornou a primeira usina do Brasil a emitir Certificados de Gás Natural Renovável, conhecidos como GAS-REC.
De acordo com a empresa, cerca de 130 equipamentos, incluindo veículos leves, caminhões, tratores e motobombas, já utilizam biometano com as tecnologias mais recentes disponíveis. Apenas 5% da vinhaça da Adecoagro é destinada hoje à produção de biogás, percentual que aumentará para 20% após a conclusão da expansão.
O anúncio foi recebido pelo governado com entusiasmo, já que o projeto reforça a política de transição energética que estabeleceu meta de tornar MS um estado carbono neutro até 2030. A usina também é pioneira na comercialização do biogás no Brasil, tendo iniciado o uso de bionergéticos em suas plantas ainda bem cedo.
Para a expansão da usina de Ivinhema a Adecoagro vai empregar mão de obra de 80 pessoas na fase das obras civis e deve gerar 40 postos de trabalho após a ativação dos novos biodigestores, que juntos terão capacidade de produzir até 30 mil Nm³ de combustível.
“Uma empresa que desenvolve com ciência e conhecimento novas tecnologias, que quebram barreiras. Muito orgulho chegar ao município e ver os reflexos deste investimento para as pessoas. Nosso objetivo é criar um bom ambiente de negócios no Estado, que dê confiança para iniciativa privada”, destacou o governador. “Este empreendimento tem incentivos fiscais do Estado porque acreditamos neste modelo sustentável, onde vamos nos tornar um Estado Carbono Neutro até 2030. Isto vai gerar recursos para investir em quem estiver lá na ponta, para levar bem-estar às pessoas”, concluiu.
“A expansão da nossa planta de biometano traz inúmeros benefícios e comprova a capacidade da Adecoagro de criar, desenvolver e inovar. Este projeto, com tecnologia própria, resultado de extensiva pesquisa e aprendizado para dominar o processo e garantir a estabilidade da produção, é modular, tecnologicamente avançado e economicamente viável e opera 365 dias do ano. O biogás extraído da vinhaça é integrado à nossa produção de etanol, açúcar e energia, permite diversas aplicações. A prioridade será abastecer nossa frota de maneira crescente”, afirma o vice-presidente de Açúcar, Etanol e Energia da Adecoagro no Brasil, Renato Junqueira Santos Pereira.
Referência
Mato Grosso do Sul já é destaque e referência no Brasil na produção de biogás. De 59 plantas de produção de biocombustível em 2022, o Estado passou a ter 83 unidades no ano passado, que representa crescimento de 41%. Este crescimento de usinas de biogás é parte do resultado do programa MS Renovável (Programa Estadual de Incentivo ao Desenvolvimento das Fontes Renováveis de Produção de Energia Elétrica) do Governo do Estado, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
O Estado também incentiva a produção do biometano, que é a purificação do biogás, sendo uma das estratégias de descarbonização das atividades produtivas e econômicas. A usina de Ivinhema está entre as três produtoras de biometano em MS, com capacidade de produzir 2,4 milhões de Nm³/ano.
(*) Fonte: Governo de MS
Fotos: Saul Schramm
