Na cultura da soja, uma quantidade considerável de 4,5 milhões de toneladas ainda estava nos campos, representando cerca de 20% da área total a ser colhida
Por Leonardo Gottems – AGROLINK
O Rio Grande do Sul enfrenta uma semana difícil após uma inundação devastadora que causou grandes perdas humanas e materiais. A extensão total dos danos ainda não foi completamente avaliada, mas um levantamento preliminar, especialmente focado no setor agropecuário, está em andamento, segundo Marcos Rubin, fundador da Veeries – Agronegócio.
No caso do milho, aproximadamente 15% das lavouras da primeira safra estavam prontas para a colheita, resultando em perdas estimadas em cerca de 400 mil toneladas. Além disso, ainda restava colher cerca de 15% da área de milho de primeira safra no estado.
A situação é preocupante também para o setor de carnes, com pelo menos 10 frigoríficos de aves e suínos suspendendo suas operações devido aos bloqueios nas rodovias. Isso impede o transporte de animais, rações e insumos, e a normalização da situação pode levar até 30 dias. As perdas nos rebanhos ainda não foram quantificadas, mas serão um fator importante nas projeções futuras de demanda por rações no estado.
Por fim, a logística de fertilizantes também foi afetada, com atrasos nas entregas programadas para a safra de inverno devido a problemas no porto de Rio Grande e danos às pontes e estradas no interior do estado. Esses contratempos levantam dúvidas sobre as entregas no curto prazo.