sexta-feira, janeiro 17, 2025
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Para enfrentar calor de 42ºC, gelo é misturado ao concreto da Ponte da Bioceânica

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Adição de gelo ajuda a controlar a temperatura do concreto durante o processo de cura, evitando fissuras e aumentando a resistência final.

Por Agência 24h*

A construção da Ponte da Bioceânica, que ligará o Brasil ao Paraguai, enfrenta um desafio significativo: o calor extremo que pode alcançar até 41,8ºC no Pantanal. Para garantir a durabilidade e a resistência da estrutura, os engenheiros decidiram misturar gelo ao concreto utilizado na obra. Essa técnica inovadora visa não apenas melhorar a qualidade do material, mas também assegurar que a ponte suporte as altas temperaturas da região.

O uso de gelo no concreto é uma prática que tem se mostrado eficaz em diversas construções. A adição de gelo ajuda a controlar a temperatura do concreto durante o processo de cura, evitando fissuras e aumentando a resistência final. Além disso, essa abordagem é especialmente relevante no Pantanal, onde as condições climáticas podem ser severas e imprevisíveis.

Desenvolvimento da região

A Ponte da Bioceânica é uma obra crucial para o desenvolvimento econômico da região. Ela facilitará o transporte de mercadorias entre os países do Mercosul e abrirá novas rotas para o turismo e agronegócio. O governo brasileiro investe na infraestrutura para impulsionar o comércio e promover o turismo na área, que é rica em biodiversidade e cultura.

Com a construção em andamento, as autoridades locais esperam que a ponte não apenas melhore a logística entre Brasil e Paraguai, mas também atraia visitantes para o Pantanal. A beleza natural da região, combinada com uma infraestrutura moderna, pode transformar o Pantanal em um destino turístico ainda mais atrativo.

A Rota Bioceânica, que conecta o Brasil ao Paraguai e se estende até o Chile, é um projeto estratégico que promete transformar o agronegócio brasileiro, especialmente em Mato Grosso do Sul. A construção da ponte que liga Porto Murtinho a Carmelo Peralta é um dos marcos dessa rota, que visa não apenas facilitar o transporte de mercadorias, mas também integrar economicamente a região.

Obra da ponte já avançou 65% do cronograma(Foto: Toninho Ruiz)

Importância para o Agronegócio

A Ponte Bioceânica representa uma oportunidade significativa para o agronegócio brasileiro por várias razões:

  • Redução de Custos Logísticos: A implementação do corredor rodoviário pode diminuir os custos logísticos em até 30% para os produtores de Mato Grosso do Sul. Essa redução é crucial para aumentar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.
  • Acesso a Novos Mercados: Com a rota, os produtores terão acesso facilitado aos portos chilenos, permitindo uma exportação mais rápida e eficiente de grãos e outros produtos agrícolas. A navegação para mercados asiáticos será encurtada em aproximadamente 12 dias em comparação com rotas tradicionais, como a partir do Porto de Santos.
  • Hub Logístico: Porto Murtinho se posiciona como um hub logístico estratégico. O desenvolvimento de um porto multifuncional na cidade permitirá não apenas a exportação de grãos, mas também a importação de insumos como fertilizantes e adubos, criando um ciclo logístico mais eficiente e econômico.
  • Integração Regional: A rota promoverá uma integração econômica entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. Essa colaboração pode resultar em um aumento nas trocas comerciais e no fortalecimento das relações entre os países da região.
  • Desenvolvimento Sustentável: Além dos benefícios econômicos diretos, a Rota Bioceânica pode estimular investimentos em infraestrutura e serviços nas áreas adjacentes, promovendo um desenvolvimento sustentável que beneficiará as comunidades locais.
Foto: Álvaro Rezende

Expectativas Futuras

As expectativas são altas para a conclusão das obras da Rota Bioceânica, prevista para 2025. O impacto positivo no agronegócio, portanto, é evidente.

Com uma logística mais eficiente e acesso ampliado aos mercados internacionais, os produtores brasileiros estarão melhor posicionados para competir globalmente. Assim, a Rota Bioceânica se configura como uma peça-chave no fortalecimento do agronegócio brasileiro e na promoção do desenvolvimento regional.

(*) Fonte: Portal Agro em Campo – IG
Fotos do destaque e do topo do texto: Saul Schramm

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