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PAC empaca e deixa aldeias sem água; Estado cobra dinheiro da União

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Com projetos de  água tratada em oito aldeias de MS parados no Novo PAC e um projeto piloto capaz de levar água para 20 mil indígenas nas aldeias Bororo e Jaguapiru, governo do Estado cobra dinheiro da União

Indígena recolhe água em açude na reserva de Dourados. (Foto: Dourados Agora)

Por Clóvis Oliveira

O Governo de Mato Grosso do Sul participou na tarde de segunda-feira (26) de mais uma rodada de entendimentos com o Governo Federal em torno da busca de soluções definitivas para o problema crônico, que se arrasta há décadas, da falta de água nas aldeias indígenas do Estado.

Um dos pontos mais críticos diz respeito ao desabastecimento nas aldeias Bororó e Jaguapiru, que juntas formam a Reserva Indígena de Dourados. “Essa não é a nossa primeira reunião”, frisa o vice-governador José Carlos Barbosa (Barbosinha), que representou o governador Eduardo Riedel na videoconferência.

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“O Estado já concluiu o projeto, mobilizamos a equipe técnica da Sanesul em torno desse assunto durante mais de quatro meses, encaminhamos para Brasília, e o que se espera agora é que, essa responsabilidade que é da União e que o Estado está contribuindo e quer ajudar, efetivamente caminhe”, completou.

O Governo de Mato Grosso do Sul mostrou a solução, apontou Barbosinha, sugerindo a necessidade de investimentos da ordem de R$ 44 milhões para a construção de mais poços, recuperação dos já existentes que permitirem nova intervenção e implantação de reservatórios apoiados – um para a aldeia Jaguapiru e outro na Bororó.

Também foi proposto no projeto técnico o modelo de distribuição que a Sanesul poderia desenvolver junto às mais de 20 mil famílias que sofrem com essa dificuldade em uma área de 3,5 mil hectares e diante de um destempero climático que tem chegado a quase 40°C diariamente.

O gerente regional da Sanesul em Dourados, engenheiro Klinger Rodrigues Pires Junior, disse que a companhia se mantém presente nas aldeias, levando caminhão-pipa oferecer o apoio necessário com abastecimento de água nesse momento.

“Realmente, o que temos lá é um sistema colapsado e o que apresentamos nessa reunião com o Governo Federal é a necessidade de um novo sistema”, resumiu depois de participar, também, da reunião remota do Governo do Estado com a União.

Reservatório da Funasa – precariedade. (Foto: Dourados Agora)

Mato Grosso do Sul participou do encontro remoto representado pelo vice-governador, que coordenou o GT (Grupo de Trabalho) criado pelo Governo para debater essa situação. Barbosinha voltou a dizer que “essas reuniões precisam de ter uma finalidade objetiva, apresentamos o cronograma do projeto, a gente espera agora receber de Brasília o encaminhamento favorável para ter os recursos necessários para resolver esse problema crônico”.

Reservação precária e falta de sistema de distribuição colapsou abastecimento, dizem os técnicos. (Foto: Dourados News)

Também estiveram presentes  membros da equipe do Ministério das Cidades (representada pelo coordenador técnico Igor Henrique Sana) juntamente com assessores da pasta. o diretor-presidente da Sanesul, Renato Marcílio, os gerentes de Operações, Madson Valente, e o coordenador de área José Augusto, a engenheira Lourdes Tapparo (que coordenou a elaboração do projeto), a secretária da Cidadania, Viviane Luiza, e o DSei (Distrito Sanitário Especial Indígena), com o coordenador Lindomar Ferreira e o engenheiro Rafael Ceccin.

Fotos sem crédito: Divulgação
Foto do destaque – Dourados News

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