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Nova Indústria: Presidente do BNDES rebate CEO da Suzano

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Aloizio Mercadante reagiu à declaração do presidente da Suzano que critica o programa Nova Indústria lançado pelo governo Lula

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, reagiu às declarações do presidente da Suzano, Walter Schalka, criticando o programa de incentivo à indústria lançado pelo governo de Lula.

Aloizio Mercadante

Schalka afirmou que “já existe maturidade na economia brasileira para as empresas serem independentes de apoios governamentais” e que “os subsídios não deram certo no passado”. As declarações, no entanto, não foram bem recebidas pelo BNDES.

Mercadante defendeu o pacote de estímulo à indústria lançado pelo governo federal, que inclui um montante de R$ 300 bilhões com participação do BNDES, prevendo subsídios e crédito mais acessível. Ele destacou que a Suzano tem sido uma das principais beneficiárias desse tipo de incentivo nas últimas décadas.

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“Fiquei muito preocupado com a declaração do presidente da Suzano, porque revela desconhecimento completo da história da empresa com o BNDES, da trajetória do setor de papéis e celulose e da própria Suzano, que é inegavelmente exitosa. A Suzano foi a primeira empresa privada a receber recursos do BNDES, décadas atrás”, disse ao Globo.

Walter Schalka, CEO da Suzano

“O banco teve papel fundamental nisso, porque o setor privado não queria correr risco de trazer o segmento de papéis e celulose para o Brasil. O convidado especial da festa de 100 anos da Suzano deveria ser o BNDES. Ele (Walter Schalka) deveria ter tido o cuidado de reconhecer e valorizar isso. Tenho certeza que a família Feffer, que teve excelentes quadros como executivos da empresa, sabe reconhece essa parceria.”

Segundo dados do BNDES, a Suzano é a quinta empresa brasileira que mais recebeu crédito na história do banco, com um montante total de R$ 15,273 bilhões, em valores não corrigidos pela inflação.

“A Suzano é a quinta empresa brasileira que mais recebeu crédito e recursos subsidiados na história do BNDES. Perde apenas para Petrobras, Eletrobras, Vale e para o Estado de São Paulo, sendo as três primeiras quando eram empresas públicas e o Estado paulista por ser o mais rico do país”, afirmou Mercadante.

Além do crédito, o BNDES também investiu R$ 12,144 bilhões em capital na Suzano e em empresas adquiridas pelo grupo. Mercadante destacou que essa parceria tem sido benéfica para ambas as partes, com o BNDES obtendo retornos positivos.

Atualmente, a Suzano possui um saldo devedor de R$ 4,2 bilhões junto ao BNDES, referente a operações recentemente aprovadas, além de pedidos em análise no valor de R$ 2,6 bilhões para serem contratados.

“O BNDES foi sócio dos acionistas e da Suzano e de empresas adquiridas pelo grupo. Essa sociedade terminou bem em 2021. O BNDES ganhou dinheiro. Tivemos uma boa taxa de retorno, como acontece, em geral, nos investimentos que fazemos em ações”, ressaltou.

“Os projetos com a Suzano são meritórios e qualificados. Os servidores do BNDES têm muito respeito por essa parceria e trajetória e pela contribuição que o banco teve para o grupo chegar onde está. A parceria é tão forte que um servidor do BNDES que está licenciado foi autorizado pelo banco a trabalhar na diretoria da Suzano. E ele pode atestar a verdadeira história da Suzano com o BNDES e o papel do banco para impulsionar o setor”.

Publicado por Yurick Luz (DCM)
(Fotos: Reprodução internet e Agência Brasil)

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