Em MS, greve afeta UFGD e oito unidades do IFMS desde o início do mês. A partir do dia 1º de maio greve começa na UFMS
Por Agência 24h
A onda de greve no serviço público federal para pressionar o governo a reajustar os salários de servidores é legítima, segundo o presidente Lula, ressalvando, no entanto, que o governo não tem dinheiro para atender os pedidos. “Ninguém será punido nesse país por fazer uma greve. Eu nasci fazendo greve. Acho que é um direito legítimo”, disse Lula durante café com jornalistas na manhã de terça-feira, 23/4.
Lula disse que nasceu fazendo greve numa alusão à sua militância sindical no ABC paulista na década de 1980, que marcou o início de sua trajetória política e também deu origem à fundação do Partido dos Trabalhadores (PT). “ [os servidores] têm direito de fazer greve, ninguém será punido por isso, mas é preciso entender que não há condições de o governo dar o aumento que eles querem”, disse Lula.
“Nós estamos preparando aumento de salário para todas as carreiras. E vão ter aumentos. Nem sempre é tudo que a pessoa pede. Muitas vezes é aquilo que a gente pode dar”, completou. O Ministério da Fazenda já sinalizou que não há espaço fiscal para conceder aumento aos servidores em 2024.
Mato Grosso do Sul – No Estado, servidores e técnicos dos institutos federais já estão parados desde o início do mês. Na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, a paralisação será a partir do feriado de 1º de maio. Segundo a a associação dos professores (ADUFMS), as atividades nas universidades – ensino, pesquisa e extensão – estarão suspensas, exceto serviços essenciais. No dia 29 será divulgado o cronograma do funcionamento precário, restrito apenas às atividades consideradas essenciais.
Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) anunciou a paralisação no dia 15 em 52 universidades e 79 institutos federais (IF’s). Por outro lado, nesta quarta-feira, 24, o MEC dá posse aos novos reitores das universidades. De acordo com o Andes-SN, a pauta de reivindicações inclui, ainda equiparação dos benefícios ao legislativo e ao executivo, a reestruturação das carreiras e também a recomposição do orçamento das universidades, estagnado desde 2016. As perdas salarias chegam a 40% e de lá para cá houve apenas um aumento emergencial de 9%. O Ministério da Gestão e Inovação propõe o mesmo índice.
Além dos técnicos administrativos e professores da UFMS que representam (60%) favoráveis a adesão da greve, os profissionais do IFMS e os servidores técnicos da UFGD aderiram à greve ainda em 3 de abril. Estão paralisadas as unidades do IFMS em Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Jardim, Naviraí, Nova Andradina e Ponta Porã.