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MS tem o menor índice de desmatamento ilegal do Cerrado

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Mato Grosso do Sul se destaca entre os nove estados que detêm o bioma com menor índice de desmatamento ilegal

Reunião em Brasília avaliou extensão dos danos nas regiões de Cerrado
Por Natalia Yahn – GOVERNO MS*

Dados apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, em Brasília (DF), durante reunião entre o governador, Eduardo Riedel, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Simone Tebet (Orçamento e Orçamento), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), mostram que Mato Grosso do Sul preserva mais as áreas de Cerrado.

“Foi uma reunião importante sobre todas as ações de crescimento da atividade agrícola no bioma Cerrado, e de desmatamento. Nós temos uma legislação, o Código Florestal Brasileiro, e não se pode confundir desmatamento legal e ilegal”, disse o governador Eduardo Riedel.

Segundo Riedel, “no que diz respeito a desmatamento ilegal, o Mato Grosso do Sul foi citado como exemplo por ter um dos maiores índices de análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR) de todos os estados que detém o bioma Cerrado. E também temos o menor índice de desmatamento ilegal entre os estados, porque o sistema de monitoramento está automatizado e funcionando. O nosso órgão ambiental tem dado licença sob análise do CAR o que é importantíssimo para que a gente mantenha essa característica e garanta aos nossos mercados a capacidade de monitorar qualquer tipo de ilegalidade”.

O secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, confirmou que o MS é o estado brasileiro – entre os nove que possuem o bioma Cerrado –, que tem o maior número de CAR analisado e o menor número de desmatamento ilegal.

Atualmente o Cerrado, no Estado, mantém preservação de 25% da área total remanescente do bioma. “Foi apresentada pelo governador a ocupação atual do Cerrado, com 22 milhões de hectares, onde a grande expansão neste momento está na transformação de pastagens degradas para agricultura, e área de florestas plantadas. Esta é a grande modificação que tem ocorrido no Cerrado de Mato Grosso do Sul”, afirmou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação”.

Para avançar nas ações de preservação do bioma, foi criado um grupo de trabalho de monitoramento do Cerrado, que terá como um dos membros o governador Eduardo Riedel. “Vou acompanhar de perto, porque é uma discussão que interessa muito ao Mato Grosso do Sul e ao Brasil”, disse Riedel.

O encontro, realizado no Palácio do Planalto, também reuniu os governadores Mauro Mendes (MT), Ronaldo Caiado (GO), Ibaneis Rocha (DF), Romeu Zema (MG), Wanderlei Barbosa (TO), Jerônimo Rodrigues (BA), Rafael Fonteles (PI) e Carlos Brandão (MA).

O foco do encontro foi apresentar a situação do Cerrado brasileiro, e seu desmatamento, principalmente nos estados do Maranhão, Tocantis, Piauí e Bahia (conhecidos como Matopiba).

“Foi identificada uma forte expansão do desmatamento ilegal naquela região. Com o posicionamento de todos os governadores se entendeu que o foco é fazer uma ação forte de combate e estabelecer grupos de trabalho para acompanhar a questão. E no âmbito nos secretários de Meio Ambiente, foi criado um grupo de trabalho para tratar da tecnologia do CAR e o Siscar (Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural), é um ponto fundamental para a gente melhorar essa relação de comunicação entre os estados e o governo federal”, disse Verruck.

DADOS DO DESMATAMENTO

Áreas sob alerta de desmatamento na Amazônia somaram 226,28 km2 no mês de fevereiro de 2024, de acordo com os dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (DETER) do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgados no início de março. A taxa representa uma queda de cerca de 30% na comparação com o mesmo período de 2023, contudo, é a segunda maior para o período desde o início da série histórica.

No Cerrado, o desmatamento segue a tendência de crescimento, com 655,51 km² de cobertura florestal perdidos em fevereiro de 2024, estabelecendo um recorde para o período desde 2019. O governo federal estima que, se continuar nesse ritmo, o desmatamento poderá atingir 12 mil km² este ano.

Durante a primeira reunião do Conama de 2024, o Secretário Nacional da Secretaria Extraordinária de Controle dos Desmatamentos destacou a preocupação com altas taxas de autorizações de desmatamento não executadas, especialmente no MATOPIBA. Para combater essa crise, o governo propõe a execução do Plano de Controle do Desmatamento no Cerrado e mudanças legais, incluindo atualizações na regulamentação do Sistema Nacional de Meio Ambiente.

 

(*) Texto revisado pela Agência 24h com acréscimo de informações

Fotos: Henrique Raynal/Casa Civil-BR

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