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MP vai “policiar” transição nas prefeituras para evitar sonegação de dados

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Monitoramento busca evitar desvio de documentos, garantir acesso dos eleitos a informações, pagamento a fornecedores e serviços à população

Por Agência 24h*

Para assegurar que “não haja solução de continuidade”, ou seja, que não haja interrupção ou descontinuidade na administração e prestação de serviços essenciais à população, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) vai acompanhar, por meio das promotorias de Justiça, o processo de formação de equipes e os trabalhos de transição administrativa.

A medida está sendo adotada para evitar o que ocorreu em eleições passadas, quando os eleitos em alguns municípios enfrentaram sonegação de dados, destruição de documentos e interrupções de pagamentos a fornecedores e servidores durante a transição de mandato.

“Esses problemas resultaram em sérios prejuízos à população, especialmente pela paralisação dos serviços essenciais”, diz o procurador de Justiça Antônio Siufi Neto, Coordenador do Centro de Apoio do Patrimônio Público.

Para evitar problemas semelhantes, segundo Siufi, o Ministério Público também buscará, por meio de Procedimentos Administrativos, cópias dos principais documentos que sustentam o funcionamento da administração municipal, “garantindo a preservação dessas informações em caso de extravio ou destruição”.

KIT TRANSIÇÃO

De acordo com a Procuradoria Geral de Justiça, o MPMS está disponibilizando, por meio do Centro de Apoio Operacional do Patrimônio Público e Social, Fundações e Eleitorais e do Núcleo de Patrimônio Público material de suporte para os promotores acompanharem a transição e “garantir transparência e a continuidade dos serviços essenciais durante a troca de prefeitos”

É fundamental, segundo o procurador Antônio Siufi Neto, que os novos gestores tenham uma compreensão prévia das atividades que irão assumir.  A transição de mandato é um procedimento previsto na legislação, focado na continuidade de serviços públicos fundamentais, como saúde, educação e saneamento básico. Além disso, o processo busca garantir que os futuros gestores tenham acesso a informações relevantes, incluindo contas públicas, a aplicação de recursos, licitações, contratos em andamento e outras questões relacionadas ao patrimônio público.

Os promotores estão recebendo um “kit de apoio” para atuarem de forma preventiva e monitorar a transição. “O trabalho do Ministério Público abrange o acompanhamento da formação das comissões de transição e a interlocução com membros da administração pública, por meio de reuniões e recomendações, além da fiscalização dos principais atos e negócios jurídicos envolvendo o município”.

Segundo o MPMS, na eleição passada várias Promotorias de Justiça tomaram a iniciativa de monitorar a transição, “reforçando a vigilância sobre o patrimônio público e garantindo a continuidade de compromissos, O objetivo é proporcionar uma transição de governo tranquila, garantindo que a população continue a receber serviços públicos sem interrupções ou prejuízos”, reforça o procurador Siufi Neto.

(*) Com informações do MPMS

Fotos: Divulgação-MPMS

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