Resultado de um investimento de R$ 22,2 bilhões, Suzano amplia capacidade de produção de celulose para 13,5 milhões de toneladas anuais
Por Agência 24h*
A maior indústria de celulose em linha única do mundo foi inaugurada, nesta quinta-feira (5/12), em Ribas do Rio Pardo. A unidade entrou em operação no dia 21 de julho. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimônia, ao lado de ministros e autoridades estaduais. O empreendimento é a maior fábrica de celulose em linha única do mundo, e é resultado de um investimento de R$ 22,2 bilhões, o maior em 100 anos da história da Suzano e um dos maiores investimentos privados do Brasil durante a sua execução, entre 2021 e 2024.
Com capacidade para produzir cerca de 2,55 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano, a empresa ampliou a capacidade de produção de celulose para 13,5 milhões de toneladas anuais, um aumento de 20% da produção total da empresa. “Eu sempre digo que a gente só consegue colher aquilo que a gente planta. Se a gente semear bem, se a gente adubar bem, se a gente colocar água, a gente vê crescer uma floresta”, discursou Lula.
Durante a cerimônia, o presidente destacou que o trabalho árduo de milhares de “trabalhadores que plantam, semeiam, e produzem” dentro da Suzano é fruto do crescimento da empresa e da economia do país. “Outra sorte que eu tenho é que a massa salarial cresceu 11,9%. É o maior crescimento desde que a gente começou a medir”, frisou durante o discurso.
“É esse país que vou entregar: com a economia crescendo, o povo consumindo, o mercado reclamando. E as empresas que investem na produção fazendo investimento concreto’, afirmou Lula.
Nas redes sociais, o presidente da República postou: “Inauguramos a maior fábrica de celulose do mundo, no Mato Grosso do Sul. Quando dissemos que voltaríamos para reindustrializar o Brasil, não estávamos brincando. Estamos valorizando a geração de empregos e as empresas privadas que querem investir na cadeia produtiva do nosso país. E está dando resultados”.
Durante a cerimônia, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que a inauguração da fábrica “é uma verdadeira revolução para a região”. “Nós vamos mudar o nome do estado, quem sabe, para o estado da celulose, porque aqui é o vale mundial da celulose”, disse a ministra.
Postos de trabalho
Estima-se que a nova fábrica proporcione mais de 3 mil postos de trabalho diretos em operações industriais, florestais e logística. Com a nova unidade, a Suzano passa a ter três fábricas em Mato Grosso do Sul, somando uma capacidade produtiva instalada de 5,8 milhões de toneladas anuais.
“A massa salarial alcança o maior valor na história desse país. Cerca de 8 milhões de pessoas deixaram a extrema pobreza e a pobreza. E esse empreendimento contribui com isso não só na construção, mas, agora com 3 mil empregos diretos e mais outros tantos indiretos. Ativando a cadeia produtiva do papel e celulose. De uma empresa que aqui investiu R$ 22 milhões, mas que tem presença em vários estados brasileiros”, destacou o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Para Beto Abreu, diretor presidente da Suzano, a empresa é um exemplo de economia sustentável e circular. “É um exemplo de industrialização, porque além de produzir 2.5 milhões de celulose, temos na verdade um polo industrial. O ácido sulfúrico é produzido com uma fábrica aqui. O peróxido é produzido com uma fábrica aqui. O gás que nós precisamos, produzimos através da biomassa localmente. E toda a energia que esse polo industrial precisa, também produzimos de forma renovável, abastecendo todo esse polo industrial e ainda tendo energia suficiente para colocar no grid e energia suficiente para abastecer todas as residências do estado do Mato Grosso do Sul com 3 milhões de habitantes”, explicou.
GERAÇÃO DE ENERGIA — A unidade é autossuficiente em energia e gera excedente de 180 megawatts (MW) médios, suficientes para abastecer uma cidade com mais de 2 milhões de habitantes durante um mês.
“Quero saudar aqui esse grande investimento. Uma indústria que é a mais moderna, eficiente, exportadora, que é tudo que o Brasil precisa. Melhorar a balança comercial, gerar emprego, renda ambientalmente, reutiliza água, gera energia com biomassa, não utiliza mais combustível fóssil, é desenvolvimento sustentável”, sublinhou o vice-presidente Geraldo Alckmin.
O governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, parabenizou a inauguração da fábrica e afirmou que a Suzano fez história. “Ao completar 100 anos e ao celebrar a inauguração de uma das maiores fábricas do mundo, as mais modernas, com certeza a Suzano está oportunizando cidadania e dignidade para as pessoas, que é a consequência de todo esse movimento”, disse.
Dados do Observatório da Indústria da Fiems apontam que a nova planta terá uma produção total de 2,5 milhões de toneladas. Isso representará um aumento de quase 50% na capacidade instalada total para produção de celulose no Mato Grosso do Sul.
Durante o evento de inauguração, o presidente Lula destacou que abertura de indústrias como a Suzano irão fortalecer as projeções de crescimento da economia. Segundo ele, no início de 2023, o FMI (Fundo Monetário Internacional) previu crescimento de 1,5% do PIB. “Essa semana, no entanto, o IBGE publicou a correção do crescimento do PIB brasileiro que foi de 3,2%”.
O governador Eduardo Riedel lembrou que o papel do Estado é criar condições para que investimentos dessa magnitude ocorram. “Nós vemos essa fábrica suceder outras. Eu diria que esse setor de papel e celulose, de florestas plantadas, tem uma capacidade de gerar emprego de qualidade; empregos para as mulheres, que vemos aqui são uma política da Suzano, além de ter capacidade de ajudar no processo de investimento e infraestrutura. As consequências de um crescimento dessa ordem impõem ao Estado também ações importantes na educação, saúde, segurança pública nos municípios que têm esse impacto positivo”.
A nova unidade da Suzano deve alcançar neste primeiro ano de operação pelo menos 60% de sua capacidade total de produção. Isso representaria um volume adicional de 1,5 milhão de toneladas de celulose. O que poderá proporcionar um incremento na exportação industrial do MS de pelo menos US$ 550 milhões de dólares.
(*) Com informações da Agência Gov e Sistema Fiems