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Lula é criticado e governadores são aplaudidos na Brazilian Week em Nova York

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Mato Grosso do Sul brilha no evento promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE) em parceria com a Fiems

Governador Eduardo Riedel fala no Fórum Semana Brasileira promovido pelo LIDE em Nova Iorque (Foto: Divulgação-Fiems)
Por Agência 24h*

A Brazilian Week (Semana Brasileira) em Nova York, aberta no domingo (12), promovida pelo Grupo de Líderes Empresarial (LIDE), que tem entre seus principais membros o ex-governador de São Paulo João Dória, está sendo marcada pela forte presença de Mato Grosso do Sul e também por momentos de críticas políticas. No primeiro dia do evento as principais falas tiveram foco em críticas ao presidente Lula, que chegou a ser comparado a Getúlio Vargas (numa alusão ao retorno desastrado ao governo).

Mas o grande destaque, segundo as agências internacionais que cobrem o evento, é Mato Grosso do Sul, que de forma “inteligente” levou para a Semana Brasileira em Nova Iorque o “MS Day”, uma iniciativa promovida pela Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) em parceria com o LIDE, que atraiu nada menos que 200 empresários e investidores.

João Doria, chairman (presidente) do LIDE, descreveu o MS Day em Nova York como uma ação ousada e diferenciada. “É a primeira vez que um Estado, juntamente com a sua Federação das Indústrias, promove, nesses 14 anos de Brazilian Week, uma iniciativa como essa. Por isso nós conseguimos mobilizar quase 200 empresários para uma apresentação de potenciais para investimentos em Mato Grosso do Sul, que se transforma em emprego e melhor qualidade de vida para a população sul-mato-grossense”,

Presidente da Fiems, Sérgio Longen, fala sobre o evento MS Day na Semana Brasileira em NY, ao lado de Riedel, observado por João Dória, chairman do LIDE

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, enfatizou a importância da parceria entre os setores público e privado para iniciativas como essa. “É fundamental que essa ação seja conjunta com o setor privado. Nós estamos tratando de grandes projetos dos quais o privado fará parte, não só com relação a concessões, mas empresas que investirão diretamente no Estado”, declarou.

A expectativa é que a participação em Nova York resulte em bons investimentos para o estado. “O primeiro evento já foi um sucesso pelo número de empresários de diferentes segmentos. Isso já demonstra um pouquinho o que está se desenhando para essa semana”, concluiu o governador.

Síndrome Vargas

A maior crítica ao governo Lula saiu do senador Ciro Nogueira (PP-PI), que foi ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL). Em resposta a comentários feitos pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), para quem o papel da oposição deve ser de contribuir com críticas construtivas e não para destruir o governo, Nogueira afirmou que Lula não consegue se comunicar mais com a população.

De acordo com o jornal Correio do Brasil, o ex-ministro manteve tom duro ao afirmar que espera a vinda de “um grande novo presidente” à frente, como Juscelino Kubitschek veio após Getúlio.

“Comparo muito o que acontece no Brasil hoje com o retorno de Getúlio Vargas. Getúlio tinha sido um grande presidente, mas, quando voltou, voltou fora da sua época. Não conseguia mais se comunicar com a população”, disse Ciro Nogueira.

Citando alguns nomes presentes no seminário, ele apontou os governadores Ronaldo Caiado (Goiás) e Ratinho Jr (Paraná). Ambos foram aplaudidos pela plateia de empresários ligados à direita.

Michel Temer acusa a oposição atual no Brasil de não cumprir o seu papel e, em vez disso, ter incorporado a ideia errônea de que, em vez de ajudar o governo por meio de críticas, deve tentar destruí-lo.

“Vocês sabem que no geral o sistema democrático existe situação e oposição. A oposição existe para ajudar a governar, e ajuda quando critica, observa, contesta. Eu lamento dizer que não é isso que se aplica ao nosso país. Isso não é de agora. Incorporou-se ao nosso sistema que, se perder a eleição, o dever é destruir quem ganhou”, pontuou Temer.

Lula segue conselho de Temer

Coincidentemente, depois do ex-presidente Michel Temer observar que o Brasil e estados devem criar secretarias especiais para enfrentar situações como o Rio Grande do Sul está vivendo, o presidente Lula decidiu pela criação de um ministério extraordinário para reconstrução do estado gaúcho, pasta que depois se tornará permanente para conduzir ações relacionadas a eventos extremos do clima.

Ao abordar a tragédia Rio Grande do Sul, Temer sugeriu a criação de secretarias estaduais e uma nacional para a prevenção de incidentes climáticos. O emedebista disse que gostaria de ter criado o sistema em seu governo, mas não foi possível, e recomendou aos governadores presentes no evento que considerem a proposta.

Um dos palestrantes na Semana Brasileira seria o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele, no entanto, ficou impedido de ir a Nova Iorque por conta da calamidade pública vivida no Sul, mas afirmou, em um vídeo gravado ao grupo Lide e exibido ao público, que o Rio Grande do Sul precisa do Congresso neste momento em que o Estado enfrenta cheias históricas.

“Os últimos acontecimentos no Brasil, sobretudo a situação calamitosa no Estado do Rio Grande do Sul, me impuseram, como chefe do Poder Legislativo, a permanência no Brasil para a realização de medidas legislativas em torno desse tema”, acrescentou Pacheco.

Repercussão da tragédia na Brazilian Week

Em razão do desastre no Sul, o seminário do Lide, que integra uma série de eventos relacionados ao Brasil que ocorrem nesta semana em Nova York, acabou desfalcado. Na semana passada, em outro evento, uma comitiva de políticos bolsonaristas foi criticada por estar em Washington enquanto ocorria a tragédia no Brasil.

Nessa Semana Brasileira foi reproduzido um vídeo com imagens da destruição no RS com dois QR codes ao final para os presentes fazerem doações em dinheiro ou não financeiras. Um cartão com um QR code também foi distribuído aos participantes.

MS Day no Harvard Club

Na terça-feira (14), a comitiva do governador Eduardo Riedel participou do Brazil Investiment Forum, também promovido promovido pelo LIDE, dentro da programação da Brazilian Week.

Na avaliação do governador, a participação de Mato Grosso do Sul no fórum mostra como o Estado vem se posicionando nesse momento que o Brasil vive. “De maneira objetiva, assertiva, com qualidade na gestão e resultados nas políticas públicas em várias áreas. A gente pode apresentar um pouco disso, ouvir a percepção dos empresários e estamos muito confiantes naquilo que a gente tem gerado dentro do Estado. Então a gente ganha a convicção de que estamos caminhando e trilhando um caminho correto”, afirmou.

Após o Fórum de Investimento, a comitiva, integrada também pela Fiems, se reuniu com representantes da JP Morgan, instituição financeira global, e também da Adecoagro Global.

“Foi um dia muito intenso, com reuniões com diversos tipos de investidores. Temos bancos que vão financiar ou empresas ou projetos do governo, temos empresas interessadas no Mato Grosso do Sul, temos empresas que já estão no Mato Grosso do Sul e estão ampliando as suas operações naquilo que a gente entende como estratégico para o Estado. Então é muita conversa, muita discussão, muito fechamento de entendimento para que a gente tenha um resultado no Mato Grosso do Sul que a gente quer ver, que é emprego, renda, crescimento econômico e prosperidade”, detalhou Riedel.

(*) Com informações de agências internacionais em Nova York, LIDE, Correio do Brasil, Sistema Fiems e WK Notícias

 

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