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Literatura sul-mato-grossense é representada na 27ª Bienal do Livro em SP

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Diálogos do Ócio, do jornalista e escritor Bosco Martins, e Nadas em Busca de Tudos, do publicitário e escritor Henrique de Medeiros, realçam a literatura sul-mato-grossense na maior feira literária da América Latina

Por Agência 24h*

Em São Paulo, os livros do publicitário e escritor Henrique de Medeiros “Nadas em Busca de Tudos”, e “Diálogos do Ócio”, do jornalista e escritor Bosco Martins, estão representando a literatura sul-mato-grossense na 27ª Bienal Internacional do Livro, que acontece em São Paulo de 6 a 15 de setembro.

Diálogos do Ócio – Um inventário de décadas de amizade entre o autor e o poeta Manoel de Barros – foi lançado terça-feira na capital paulista, em noite de autógrafos na Livraria da Travessa, com a presença de centenas de jornalistas, autoridades, professores, admiradores e fãs do poeta.  Segundo a gerente da Livraria da Travessa, Vanessa Machado, o lançamento “foi um sucesso” com a venda antecipada de exemplares da obra, que está cumprindo uma agenda nacional.

Depois de ser lançado em Campo Grande, em dezembro do ano passado, e Bonito, na Feira Literária (Flib), realizada em julho, Diálogos do Ócio foi lançado no Rio de Janeiro. Os próximos lançamentos estão previstos para 15 de novembro, em Brasília, e no mês de abril de 2025, em Lisboa.

“Foi uma noite concorrida, de muita gente movimentando o circuito literário, graças ao carisma do poeta Manoel de Barros e a qualidade de conteúdo do livro Diálogos do Ócio, que realmente chama a atenção oferecendo um universo único sobre a vida e obra do poeta Manoel de Barros”, destaca Vanessa Machado.

BIENAL

Na Bienal Internacional do Livro, as publicações de Bosco Martins e Henrique de Medeiros, que é presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (ASL), estão expostos no estande da Editora Life de Campo Grande, no “Espaço Leia Mais”. O dia nessa quarta-feira foi de muito movimento no estande. Presentes na Bienal, Bosco e Henrique autografaram e interagiram com o público e outros autores que participam da feira, considerada o maior evento literário da América Latina, reunindo autores independentes e também escritores consagrados. Para os autores sul-mato-grossenses, participar a Bienal é uma experiência “fantástica” e oportunidade de projetar a literatura sul-mato-grossense em São Paulo, que é um dos maiores mercados editoriais do mundo.

O livro do poeta Henrique de Medeiros, com 352 páginas, traz poemas recentes e de outras obras do autor, tendo ainda ensaios sobre suas obras pelas mãos de professores, doutores, ensaístas, pesquisadores e escritores como Ana Arguelho, Ana Maria Bernardelli, Dênis de Moraes, Rubênio Marcelo e Raquel Naveira. Texto escrito em 1996 por Manoel de Barros endereçado a Henrique de Medeiros serve, no prefácio, como uma sensível lembrança entre poetas. A temática do autor em “Nadas em Busca dos Tudos” compõe uma antologia poética sobre o contexto moderno urbano, a dificuldade do encontro e a existência fragmentada.

O cineasta Joel Pizzini, que também foi grande amigo de Manoel de Barros e fez o filme “Caramujo Flor”, fez menções elogiosas à obra de Bosco Martins, destacando que Diálogos do Ócio passa a ser uma importante referência do acervo literário sobre Manoel de Barros. “Li o livro do Bosco numa pegada só, é impressionante como ele conseguiu transcrever para literatura momentos marcantes e únicos da vida do Manoel”.

Em entrevista ao Jornal da Cultura, Bosco Martins disse que a obra deixada por Manoel de Barros é transcendental e renasce a cada dia: “Fico impressionado nesses eventos com a força de sua poesia e a quantidade de novos leitores que imortalizam a figura de Manoel de Barros, não somente no campo literário, mas também nas artes plásticas e no quintal do mundo cultural, como o poeta definia o alcance do seu pensamento e modo de ver o mundo que ele enxergava. “Seus personagens são como Riobaldo de Rosa, na luta boa contra a má literatura, uma luta que não termina nunca”.

No lançamento de Diálogos do Ócio estavam presentes personalidades literárias, autoridades e gestores da área cultural, Estavam presentes o ex-deputado e ex-secretário de Cultura de São Paulo Marcos Mendonça, autor  da Lei Rouanet; o presidente da Fundação Padre Anchieta/TV Cultura,  advogado  José Roberto Maluf, a jornalista e tradutora Thaís Costa, que assessorou  na década de 1990, por mais de dez anos o poeta Manoel de Barros; o presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras Henrique de Medeiros; e a jornalista Camila de Oliveira, documentarista e fiel leitora do poeta.

“Uma Bienal para dar visibilidade à literatura de Mato Grosso do Sul e mais uma vez celebrar e festejar o amor do público pelo livro. Sempre se diz que o Brasil não é um país de leitores, mas não é isso que a gente vê aqui em São Paulo. A cada Bienal constatamos que o mercado editorial segue crescendo, o consumo de cultura se dá em todos os segmentos, literário, música, dança, artes plásticas e o público se utiliza de todos os meios para ter acesso às produções e publicações”, diz Bosco Martins, comemorando o sucesso de venda de Diálogos do Ócio. Ele e Medeiros levaram, cada um, 50 exemplares de suas obras para a 27ª Bienal.

Henrique Alberto de Medeiros Filho, que além de publicitário e escritor é presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, disse que a Bienal Internacional do Livro é um dos eventos culturais mais significativos do Brasil e da América Latina, desempenhando papel essencial na promoção da literatura, na difusão do conhecimento e no estímulo à leitura no país. Ressaltou a companhia de Bosco nessa emblemática investida da literatura de Mato Grosso do Sul e fez um prognóstico otimista em relação à produção literária no Estado, notando que MS, pelas características históricas e culturais, além das belezas naturais, é uma fonte inesgotável de inspiração e criação.

FOTOS: PEDRO ERNESTO

 

 

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