Preso, Cezário pediu afastamento do cargo, mas quem determinou sua saída por três meses da direção da FFMS foi a CBF.
Por Celso Bejarano – Agência 24h*
Em menos de uma semana, a Justiça rejeitou dois pedidos de liberdade para o presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, 77, preso desde o dia 21, há 14 dias, por suposto desvio de R$ 6 milhões da entidade que dirige há 26 anos.
Cezário e mais seis pessoas, cinco delas parentes seus, foram presos na Cartão Vermelho, operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que desbancou esquema de desvio de recursos da entidade que recebe cotas anuais da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e também do governo de Mato Grosso do Sul.
Depois de encarcerado, Cezário pediu afastamento do cargo, mas quem determinou sua saída por três meses foi a CBF.
O presidente afastado foi substituído pelo vice-presidente da entidade, Estevão Petrallas, que já presidiu o Operário Futebol Clube. Estevão vai agir como interventor, conforme determinação da CBF. Mas sua permanência está sendo questionada por antecedentes em um processo.
Cezário ainda é dono do mandato, já que foi eleito para conduzir a FFMS até 2027. Ele ainda não respondeu às acusações, mas o advogado que o defende, André Borges, garante que o cliente tem argumentos que o afastam das suspeitas de desvio de recurso.
No dia da operação, os investigadores do caso apreenderam R$ 800 mil em dinheiro, real e dólar, na casa do dirigente afastado. O advogado afirmou que o montante era guardado em casa e seria parte das economias feitas por Cezário.
A primeira rejeição ao pedido de liberdade de Cezário ocorreu quarta-feira passada, dia 29, na primeira instância.
Nesta terça-feira (4) foi a desembargadora do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Elizabete Anache, quem disse não ao recurso do presidente afastado. Próximo passo ocorre ainda no TJ-MS, quando o apelo pela soltura de Cezário será definido por um colegiado de magistrados.