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Governo confia em ações rápidas para conter fogo no Pantanal

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Com 13 bases e posições em áreas de difícil acesso, bombeiros ganham suporte para operações mais eficazes no combate aos incêndios

Governador acompanha situação dos incêndios no Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar
Por Agência 24h*

O governo do Estado diz ter suporte capaz de combater com maior eficácia os incêndios no Pantanal. Há quase 70 dias equipes instaladas em 13 bases em diferentes áreas do Pantanal trabalham em ações de prevenção e combate a focos de incêndio. Nesta segunda-feira foram registrados mais focos na Serra do Amolar, onde o combate se dá com apoio aéreo. A estratégia para essa temporada de incêndios foi montada a partir das experiências de 2022-2023, quando o fogo destruiu imensas áreas.

O fogo já queimou 559 hectares de área do Forte Coimbra e dois incêndios no Paraguai Mirim atingiram mais de 10 mil hectares. Perto de Corumbá, na divisa com a Bolívia, o fogo atingiu 7,4 mil hectares. Caimasul também teve uma área de 771 hectares queimada. Para os bombeiros, sem o plano de suporte montado para esta temporada, as dimensões seriam muito maiores.

Segundo o governo, o trabalho preventivo realizado no Estado, com informações sobre a situação climática desde janeiro e ainda com as atividades desenvolvidas pelos bombeiros em propriedades privadas e unidade conservação estaduais, contribui no monitoramento e controle dos incêndios florestais. As bases avançadas reduzem o tempo de resposta para o combate em locais remotos e de difícil acesso, além de contribuir no monitoramento das áreas localizadas na divisa com o Estado do Mato Grosso e na fronteira com a Bolívia.

O governador Eduardo Riedel esteve na sexta-feira (7) no Comando Geral dos Bombeiros, onde acompanhou a situação atual das ações de combate aos incêndios florestais no Estado. “Temos conhecimento que a situação será difícil em relação ao fogo, especialmente no Pantanal. Porém, estamos atentos e atuantes em todas as áreas do bioma e também nas demais regiões do Estado. As bases que são montadas, é algo inédito, justamente para contribuir nessas ações de combate”, disse Riedel.

“Enviamos equipes para a região da Barra do São Lourenço uma semana antes de iniciar as bases avançadas, e isso fez muita diferença. O fogo que veio do estado vizinho queimou nove hectares, mas se não estivéssemos lá a postos, teria sido algo muito maior, de grandes proporções”, explicou o coronel Adriano Rampazo, sub-comandante-geral do Corpo de Bombeiros.

Barcaça leva viatura e equipamentos dos bombeiros para pontos isolados do Pantanal, onde o governo instalou bases avançadas na estratégia de se antecipar aos desastres ambientais

Além do trabalho presencial dos bombeiros, todo o Estado também é monitorado via satélite com uso de plataformas da Nasa – agência do governo dos Estados Unidos –, Polícia Federal, Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), além de tecnologia de navegação, dados e inteligência artificial, e ainda apoio de aeronaves.

“Com a eficiência das bases avançadas, vamos aperfeiçoar este trabalho, que será permanente e autônomo, com a estrutura necessária para o trabalho de combate ao fogo”, disse o coronel Frederico Reis Pouso Salas, comandante-geral dos Bombeiros.

Situação

A Operação Pantanal 2024 completa 67 dias e continua em ações de prevenção, além de operações para conter e extinguir os incêndios florestais.

Atualmente, 80 militares estão diretamente envolvidos nas operações de combate, com apoio do GOA (Grupamento de Operações Aéreas), além de policiais militares que atuam em no suporte aéreo.

Incêndios estão ativos no Forte Coimbra – com área queimada de 559 hectares – e Paraguai Mirim – com dois grandes incêndios. Na tarde de quarta-feira (5) foi verificado novo foco de incêndio próximo a Escola Jatobazinho (Paraguai Mirim).

A aeronave Air Tractor do Governo atua no combate direto desde o início da manhã de sexta-feira (7), e a equipe em solo tem desde antes realizado aceiros para confinamento e isolamento do incêndio. A área queimada na região, nos dois incêndios, é de mais de 10,3 mil hectares.

Na região próxima à cidade de Corumbá – com mais de 7,4 mil hectares atingidos –, a equipe contou com auxílio da aeronave Harpia 01 para deslocar ao combate, já que a área é alagada e de difícil acesso. Um novo foco de incêndio, na região de Caimasul – com área queimada de 771 hectares –, também recebeu uma equipe para reconhecimento e combate ao incêndio.

As ações preventivas das equipes dos bombeiros na região pantaneira começaram no dia 2 de abril, com foco no trabalho que envolve o manejo integrado do fogo. Já a instalação das bases avançadas começou no dia 14 de maio, com a saída de uma barca carregada com veículos, equipamentos e suprimentos.

“Nós reestruturamos as nossas técnicas e táticas para evitar os grandes incêndios em Mato Grosso do Sul e esta atividade de prevenção é uma das principais ações que desenvolvemos. E com as bases avançadas, estaremos presentes nos locais e caso aconteça algum incêndio, a resposta é muito mais efetiva”, disse a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, responsável pelo monitoramento e ações de combate aos incêndios florestais no Estado.

(*) Com informações de Natalia Yahn – Governo de MS
Fotos: Saul Schramm

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