A pesca esportiva abre nesta quinta-feira nas cidades de Corumbá, Ladário e Porto Murtinho, regiões turísticas do Pantanal e destinos consolidados na prática desse esporte
Por Sílvio de Andrade – Lugares.Eco
Folia com pesca esportiva é uma combinação perfeita nos destinos turísticos banhados pelos rios Paraguai e Paraná, em Mato Grosso do Sul. A legislação pesqueira passou a permitir o pesque e solte – que já é praticada durante toda a temporada de pesca no Pantanal – no mês de fevereiro, na calha dos dois rios, enquanto o período de piracema (reprodução da ictiofauna) segue até 28 deste mês.
Assim, a pesca esportiva abre nesta quinta-feira nas cidades de Corumbá, Ladário e Porto Murtinho, regiões turísticas que integram a bacia hidrográfica do Pantanal e são destinos consolidados na prática desse esporte. De 1º de março a 5 de novembro vigora a lei que permite, por pescador, a captura e transporte de um exemplar de qualquer tamanho e cinco piranhas.
Maior município do bioma, Corumbá (413 km de Campo Grande) tem as melhores opções para a pesca, além de promover o maior carnaval do interior do Brasil. No porto-geral, aluga-se botes a motor com piloteiros e uma opção é jogar a linha na barranca do rio, de frente para o Casario do Porto, com chances de fisgar um dourado, cuja captura e consumo são proibidos por lei.
“Estamos muito otimistas para este ano, vai repetir o sucesso de 2023, todo mundo sonha em vir pescar no Pantanal”, afirmou a empresária Joice Santana, operadora em Corumbá, onde somente na quarta-feira (31/1) saíram oito barcos-hotéis com grupos de pescadores de várias regiões do país. “Estamos abrindo a temporada com chave de ouro, a procura é muito grande”, comemorou.
Onde pescar
Contando com uma extensão do Rio Paraguai de mais de 500 km – entre a divisa com Mato Grosso (Poconé) ao limite com Porto Murtinho -, a Capital do Pantanal tem a mais estruturada frota de barcos-hotéis para a pesca, com capacidade para até 80 pessoas e pacotes completos (apartamento, alimentação, iscas, bebidas e barco com motor e piloteiro) em viagens de cinco dias.
Os pesqueiros se espalham pelo distrito de Albuquerque (70 km de Corumbá) e regiões de Morrinho (ao lado da ponte sobre o Rio Paraguai, na BR-262) e Porto da Manga, com estruturas para hospedagem de grupos. Outra opção é o Forte Coimbra, mas o acesso (apenas pelo rio) requer licença do Exército.
Com limite urbano a Corumbá, a pequena cidade de Ladário também conta com agências operadoras de barcos-hotéis e uma rede de pesqueiros ao longo da Estrada da Codrasa, que margeia o Rio Paraguai, para day-use ou hospedagem e com aluguel de botes e motores de popa.
Em Porto Murtinho (425 km de Campo Grande), cidade fronteiriça ao Paraguai, as pousadas na cidade têm estrutura para receber grupos e oferecem serviços de locação de barcos. Quem prefere o contato com a natureza, os pesqueiros estão situados em regiões ricas em biodiversidade, como o Fecho dos Morros.
Fiscalização
As unidades da Polícia Militar Ambiental (PMA) situadas nas regiões onde o pesque e solte está liberado a partir de hoje no Estado já se mobilizaram para reforçar a fiscalização nos rios Paraguai e Paraná. Além do número mais reduzido de pescadores, o comando da corporação informou que o baixo nível de crimes ambientais ocorridos neste mês se deve, também, a sensibilidade ambiental dos praticantes dessa modalidade de pesca.
O pesque e solte está liberado somente na calha dos rios Paraguai e Paraná em fevereiro, conforme o decreto estadual nº 15.166, e o pescador deve usar anzóis lisos (sem farpas) para não ferir o peixe fisgado, o qual deve ser devolvido imediatamente ao rio para garantir sua sobrevivência. Em nota, a PMA adverte para o cumprimento dos locais permitidos para a pesca, no período, e a obrigatoriedade da autorização ambiental para a pesca amadora.
Mais informações:
Licença de Pesca
Cartilha do Pescador