quinta-feira, novembro 21, 2024
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Demanda ambiental terá forte influência na construção civil

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A preservação do meio ambiente deve ser uma das principais pautas das obras de construção civil para este ano. Ainda que seja um tema que já tenha apresentado crescimento em sua relevância há alguns anos, o cenário global tem exigido mais atenção do setor produtivo.

O relatório da Organização Mundial Meteorológica (OMM) lançado no final de novembro deste ano mostra, por exemplo, que 2023 deve ser o ano mais quente da história, com aumento de 1,4° na temperatura da Terra em relação aos níveis pré-industriais, superior a 2016, que sustenta atualmente a marca com aumento de 1,2°C nos termômetros. Além disso, os próprios consumidores estão mais atentos sobre como o setor empresarial se comporta quando o assunto é sustentabilidade ambiental.

Prova disso é a pesquisa “Sustentar para ganhar”, promovida pela Kantar, e que revelou que a porcentagem de consumidores ativamente sustentáveis cresceu de 14% (em 2022) para 18% em 2023 na América Latina. No mundo, esse número também teve aumento de 18% no ano passado para 22% no atual.

“O consumidor tem percebido, em diferentes âmbitos, a necessidade de defender uma produção mais sustentável e passa a cobrar mais isso das empresas. Além disso, o aumento na temperatura da Terra já é uma consequência de anos sem a devida preocupação com a preservação da natureza. A construção civil, como parte do setor produtivo, também precisa dar as suas respostas para minimizar os danos ao meio ambiente”, opina o engenheiro civil Maurício Wildner da Cunha, da Construtora Andrade Ribeiro.

Em todas as fases da obra

Por isso, segundo o engenheiro civil, quem sai na frente são as construções que estabelecem metas de redução de impactos no meio ambiente desde o início até o fim das obras. E mesmo após a conclusão, o empreendimento precisa entregar, por exemplo, eficiência energética ao consumidor e oferecer estruturas que priorizem a preservação ambiental.

“Reduzir consumo de energia e de água pode influenciar tanto o consumidor na hora da compra quanto o impacto sobre a natureza”, avalia o engenheiro.

Edifícios com obras já entregues pelas empresas e que favoreçam, por exemplo, o uso da luz e da ventilação natural são algumas das tendências que já podem ser observadas nas obras da construção civil e que devem ser intensificadas. “E isso vale tanto para os empreendimentos comerciais quanto para os residenciais. Afinal, o consumidor quer trabalhar e morar em locais que estejam nessa vanguarda”, afirma Cunha.

Outra característica que pode ser observada cada vez mais nas obras são as áreas comuns que também agreguem características de sustentabilidade. Entre elas o engenheiro cita áreas verdes junto aos empreendimentos, jardins para convivência entre os usuários, bem como espaços e equipamentos para veículos que utilizem combustíveis fósseis, como é o caso de bicicletas e carros elétricos. Neste último caso, vale citar que, no primeiro trimestre de 2023, segundo a Associação Brasileira de Veículo Elétrico, houve crescimento de 58% na quantidade desses automóveis no Brasil na comparação com o ano passado.

“Isso mostra mais uma demanda da sociedade que a construção civil precisa estar atenta para investir”, diz o engenheiro.

(Fonte: Lugares.Eco)

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