Palestra tem entrada franca e será presencial no auditório da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras
Por Assessoria – ASL
O primeiro Chá Acadêmico do ano da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras terá nesta quinta-feira em Campo Grande o imortal Arno Wehling, da Academia Brasileira de Letras, abrindo o projeto “ABL na ASL: Palestras Imortais”, realizado pela ASL em parceria com a Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul para difundir, estimular e valorizar a leitura e a educação no Estado. O evento será às 19h30min, presencial e com entrada franca no auditório da ASL, na rua 14 de Julho, 6245, em Campo Grande.
O tema da palestra será “Um ‘idealismo constitucional’? no bicentenário da Constituição de 1824”. Segundo Arno Wehling, “a Constituição de 1824 teve vigência por 65 anos e sua congênere quase idêntica em Portugal, também outorgada por Pedro I (Pedro IV), estendeu-se ainda mais. No entanto, foi acusada de representar um ‘idealismo constitucional’ desligado da realidade social do país.”
Ao longo do ano, cinco imortais acadêmicos da Academia Brasileira de Letras – ABL estarão palestrando em Mato Grosso do Sul durante programações dos Chás e Rodas Acadêmicas da ASL. Em relação à proposta da primeira palestra do ano, o presidente da Academia, Henrique Alberto de Medeiros, afirmou que em relação à abordagem sobre a Constituição “serão consideradas as semelhanças com as revoluções liberais-constitucionais da época, as especificidades brasileiras e as limitações para sua implementação”.
UFMS E CONFRARIA SOCIARTISTA
O Chá Acadêmico de março terá ainda a continuidade dos projetos com a UFMS e a Confraria Sociartista, que foram renovadas este ano entre as instituições. O projeto “Arte na Academia” realiza exposições de artes visuais nas Rodas e Chás Acadêmicos, bem como o projeto “Música Erudita e suas Fronteiras”, realizado em parceria pela ASL e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul dentro do projeto “Movimento Concerto”.
ARNO WEHLING
Oitavo ocupante da cadeira nº 37, eleito na sucessão de Ferreira Gullar, Arno Wehling é graduado em História pela Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil e em Direito pela Universidade Santa Úrsula, tendo doutorado em História e Livre Docência em História Ibérica, ambos pela Universidade de São Paulo (USP), e pós-doutorado pela Universidade do Porto. Sua atuação profissional foi centrada no segmento universitário, principalmente na UFRJ e na Unirio.
Possui graduação em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1968), graduação em Direito pela Universidade Santa Úrsula (1991), doutorado em História pela Universidade de São Paulo (1972), livre docência em História Ibérica (USP, 1980) e pós-doutorado em História nas Universidades do Porto e Portucalense. Foi professor visitante das Universidades de Lisboa e Portucalense e atualmente é professor do Programa de Pós Graduação em Direito da Universidade Veiga de Almeida, Presidente de Honra do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, ex-conselheiro do IPHAN/ Ministério da Cultura (1999-2022).Além da Academia Brasileira de Letras, faz parte da Academia das Ciências de Lisboa, Academia Brasileira de Educação e de institutos históricos brasileiros e academias ibero-americanas de História.
Desenvolve estudos e pesquisas nas áreas de História do Direito/História das Instituições e Teoria da História/Historiografia, com livros e artigos focando principalmente História do Brasil colonial e as primeiras décadas da independência sob os ângulos do estado, da justiça, da administracao e da memória/construção da identidade.
Entre livros de sua autoria, estão “Os níveis da objetividade histórica (1974)”, “Administração portuguesa no Brasil, 1777-1808 (1986)”, “A invenção da história: estudos sobre o historicismo (1994)”, “Formação do Brasil Colonial com Maria José Wehling (1994)”, “Pensamento político e elaboração constitucional (1994)”, “Estado, história, memória – Varnhagen e a construção da identidade nacional (1999)”, “Documentos Históricos brasileiros (2000)”, “Direito e justiça no Brasil colonial – o Tribunal da Relação do Rio de Janeiro com Maria José Wehling (2004)”, “Investigação Científica no Brasil (2005)”, “De formigas, aranhas e abelhas – Reflexões sobre o IHGB (2010)” e “Francisco Adolfo de Varnhagen (2016)”.
FERNANDO ANGHINONI E WALTER LAMBERT
A exposição da Confraria Sociartista irá abordar a produção de dois de seus integrantes, os artistas Fernando Anghinoni e Walter Lambert, e o tema será Eco dos Tempos, em Xilogravura e Assemblage, dos entalhes na madeira aos circuitos digitais. Fernando Anghinoni possui mestrado nas áreas das artes e design, e seu trabalho explora várias vertentes artísticas, sempre contemplando um panorama contemporâneo das artes visuais de forma global e regional. Produziu e executou projetos culturais e trabalha também como produtor cultural. Já Walter Lambert é artista visual e designer, e sua obra contemporânea parte da premissa de que tudo pode ser transformado e reaproveitado. Ele se apropria dos componentes de computadores e seus periféricos, que se transformaram em sucata eletrônica, para criar não apenas uma nova expressão estética, mas um espaço para reflexão, um diálogo que coloca em evidência a obsolescência programada e a necessidade do descarte sustentável.
CAIO BRESSAN E KEMER DE ALMEIDA
O reconhecido projeto Movimento Concerto, da UFMS, com sua vertente “Música Erudita e suas Fronteiras” – realizado em parceria pelas ASL e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – terá apresentação abordando Erik Satie, J. S. Bach e
Pixinguinha. A participação será do violonista e educador musical Caio Bressan e do flautista e educador musical Kemer de Almeida.
Caio é formado em música pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, mestre em música pela Universidade Estadual de Maringá e doutorando em Estudos de Linguagens pela UFMS, concentrando suas pesquisas nas práticas interpretativas e performance musical. Além de solista, atua com a Camerata Madeiras Dedilhadas. Kemer de Almeida é graduado em música pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, tendo se consolidado como músico concertista desde os 12 anos, onde tocava em fanfarras e desfiles cívicos de Campo Grande e cidades de Mato Grosso do Sul. Além de participar do grupo Camerata Madeiras Dedilhadas, é professor da rede municipal de ensino de Campo Grande/MS.
CONFIRA:
Chá Acadêmico
ABL na ASL, Palestras Imortais
Arno Wehling
“Um ‘idealismo constitucional’?
no bicentenário da Constituição de 1824”
Dia 28 de março de 2024, às 19h30min
(Com os projetos “Música Erudita e suas Fronteiras”, com a
UFMS; e “Arte da Academia”, com a Confraria Sociartista)
Auditório da ASL, Rua 14 de Julho, nº 4653
(Altos do São Francisco)
Entrada franca, evento presencial