Cezário foi libertado sob medidas cautelares. Terá que usar tornozeleira eletrônica e Está proibido de comparecer à sede da FFMS
Por Agência 24*
Quinze dias depois de ser preso e cerca de 12 horas após ser internado no Hospital da Cassems com suspeita de princípio de enfarte, o presidente afastado da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário de Oliveira, de 78 anos, foi colocado em liberdade nesta quinta-feira (6). As informações são do Correio do Estado.
A decisão que o tira da cadeia foi assinada pela desembargadora Elizabete Anache, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul . Na noite de quarta-feira ele foi internado no Hospital da Cassems e, conforme seu advogado, passaria por um procedimento de cateterismo na manhã desta quinta-feira (6)
Esta mesma desembargadora já havia negado o pedido de soltura, mas por conta da morte de uma irmã de Cezário e em decorrência de seu problema de saúde, a decisão foi revista.
Em seu despacho ela deixa claro que Cezário terá de usar tornozeleira eletrônica por 90 dias e está proibido de ter contato com os demais acusados e testemunhas. “Eeventual excepcionalidade deverá ser pontualmente avaliada pelo d. Juízo de origem por haver parentesco entre eles”, pontua a desembargadora.
Além disso, a magistrada determina ainda que o teor de sua decisão seja encaminhado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e à Assembleia Legislativa que, segundo ela, teria instaurado uma CPI para apurar as denúncias de corrupção na entidade.
Autor do pedido de libertação, o advogado André Borges afirmou que “Francisco Cezário agora cuidará da saúde e da defesa que apresentará à boa justiça estadual”.
Cartão vermelho
Além de ser o “imperador” do futebol estadual, Cezário já foi prefeito de Rio Negro. Ele foi um dos presos na manhã do dia 21 de maio durante a Operação Cartão Vermelho, que aponta o desvio de mais de R$ 6 milhões da Federação, somente entre 2018 e o ano passado. Na casa dele foram apreendidos mais de 800 mil reais.
A justiça emitiu sete mandados de prisão e 14 de busca e apreensão. Junto com ele foram presos cinco familiares, sendo quatro sobrinhos e o filho de um destes.
Francisco Cezário está à frente da Federação faz cerca de três décadas e seu sétimo mandato só terminaria em 2027. Em nota divulgada no dia da operação, ele e os outros envolvidos fizeram mais de 1.2 mil saques, sempre de até R$ 5 mil, para tentar driblar uma possível investigação nas contas da Federação.
(*) Texto de Nery Kaspary no Correio do Estado
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