Eventos de economia criativa incentivam a produção manual de peças, artigos e acessórios domésticos e do vestuário
Por Agência 24h*
De longe a tenda rosa chama a atenção em meio às outras brancas. O gatilho da curiosidade logo é ativado e não há como não querer saber o que está acontecendo ali. É assim que a Gê Barros Crochê – empreendedora campo-grandense – tem chamado a atenção nos eventos de economia criativa que acontecem por Campo Grande.
Figurinha carimbada na Feira da Copa Acrissul, Gê Barros conta que a economia criativa surgiu na vida dela por acaso, mas hoje, vê no modelo de negócio a possibilidade de ser uma empresa maior. “Eu comecei a fazer crochê eu tinha 12 anos. Minha irmã quem me ensinou. Quando foi pelos meados de 2021 eu fui demitida, isso após quase 9 anos de empresa. Eu acabara de voltar da segunda gestação. Neste mesmo dia vi uma moça com uma bolsa de crochê e me apaixonei. Aí eu cheguei e falei. Eu quero uma bolsa de crochê. Contei para minha irmã e ela me disse: Por que você não faz?”, lembra.
Gê então foi assistir aulas no Youtube e comprou as primeiras linhas e agulhas. Fez a primeira bolsa e vendeu, em seguida fez a segunda e vendeu. Fez uma terceira bolsa, que também foi vendida rapidamente, e percebeu que ali havia um negócio. “No início, eu e minha irmã, começamos a atender encomendas. Ai no fim de 2022 abrimos o ateliê. Compramos a tenda rosa e fomos participar de eventos. Aonde a gente monta chama a atenção. Hoje temos uma renda melhor do que tínhamos na CLT”, revela.
Os produtos da Gê Barros são sucesso na Copa Acrissul e em diversos outros eventos que ela e a irmã participam pela cidade. A participação delas na 3ª etapa da Copa Acrissul – que vai acontecer entre os dias 31 de maio, 1º e 2 de junho – já está garantida.
Na Feira Criativa, além das bolsas e demais acessórios em crochê, diversos outros expositores levam sua produção. O espaço já se tornou um ambiente propício para estabelecer novas conexões e parcerias.
Realizada no Parque de Exposições Laucídio Coelho, a Copa Acrissul é conhecida por ser uma competição importante no universo equino. Para a presidente do Sindicato dos Artesãos de Mato Grosso do Sul, Jane Clara Arguello, o evento tem sido fundamental para os produtores mostrarem seus produtos para as pessoas que não conhecem o que é feito em Campo Grande. “Muita gente viaja, compra artigos regionais de outros locais, mas desconhece o que é feito aqui. Então essas ações nos proporcionam essa oportunidade”, afirma.
O secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio, Ademar Silva Jr., complementa e afirma que a iniciativa da organização em inovar e agregar valor à competição com a feira valoriza a criatividade e o empreendedorismo local. “Todos os locais que a Prefeitura de Campo Grande puder abrir espaço para quem produz, para quem faz a economia girar, é importante. A Sidagro tem como missão fomentar o desenvolvimento econômico”, conclui o titular da pasta.
CUTELARIA ARTESANAL
A Feira Criativa tem sido rentável também para o artesão e cuteleiro Pedro Pereira de Araújo. Ele conta que usa materiais recicláveis para fazer seus produtos que têm sido sucesso em todas as edições do evento. “Eu mexo com cutelaria e uso o aço que está em descarte e dá corte. Eu garimpo isso e transformo em lâmina. A Copa Acrissul tem sido uma benção pra gente, tudo que a gente leva, vende. É um público muito interessante para o nosso produto”, diz.
(*) Fonte: Prefeitura de Campo Grande
