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Bezerros de proveta podem salvar boi pantaneiro marruá da extinção

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Nos últimos 50 anos, a população de boi pantaneiro, que chegou a ser de 3 milhões de cabeças, caiu para apenas 500 animais. Bezerros de proveta são desenvolvidos pela Embrapa desde 1996 e pela UEMS desde 2007.

Bezerros paridos de mães Nelore e meio sangue farão parte de um rebanho de pantaneiros puros paridos de 2023 pra cá.   (Foto: Bruno Henrique Grolli Carvalho/Divulgação)
Por Agência 24*

O boi pantaneiro é raça forte, resistente e adaptada às particularidades do Pantanal, mas está próxima de possível extinção. Para impedir que a espécie desapareça do bioma e defender as vantagens de sua criação, um projeto de pesquisa genética está fazendo fertilização in vitro para garantir a reprodução dos animais remanescentes. O trabalho é feito em parceria entre a ONG Onçafari e a UEMS (Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul).

De acordo com pesquisa desenvolvida pela Fapesp, o boi do Pantanal, popularmente chamado de marruá, foi fruto do cruzamento de raças trazidas para o país há centenas de anos e nas últimas décadas o animal quase desapareceu.

O bovino pantaneiro foi formado a partir do cruzamento de 11 raças portuguesas e espanholas trazidas à América do Sul pelos colonizadores ainda nos séculos XVI e XVII. Ao longo de gerações, os animais ganharam, via seleção natural, características de adaptação ao ambiente e às condições climáticas locais, como as inundações sazonais e as secas prolongadas.

Mesmo sendo de uma raça só, os indivíduos apresentam características bem diversas entre si, podendo ter 17 tipos de chifres, 47 variações na pelagem e 14 outras particularidades. Mais recentemente, no entanto, o cruzamento desordenado com outras raças, principalmente zebuínas, levou ao quase desaparecimento do bovino pantaneiro.

Em artigo científico publicado no periódico Computers and Electronics in Agriculture, pesquisadores brasileiros comentam que havia uma estimativa de que restavam apenas cerca de 500 animais puro-sangue nas fazendas da região. Em 2017, o bovino pantaneiro foi reconhecido como patrimônio cultural e genético de Mato Grosso do Sul. Instituições de pesquisa e ensino trabalham para fomentar núcleos de criação da raça e conservar esse patrimônio genético.

Nos últimos 50 anos, a população de boi pantaneiro, que chegou a ser de 3 milhões de cabeças, caiu para apenas 500 animais. Isso tem a ver com a substituição da raça pelo boi Nelore, originária da Índia. As características físicas do pantaneiro – pernas curtas e chifres longos, por exemplo – acabaram vistas como desvantagens principalmente na hora de transportá-lo.

Em fazendas visitadas pelos pesquisadores, o boi pantaneiro hoje é criado como animal de estimação por aficionados pela raça, como dito em jornal paulistano.

Essas informações constam na pesquisa que começou a ser feita em 2013 pelo professor Marcus Vinicius Morais de Oliveira, gestor do Núcleo de Conservação de Bovinos Pantaneiros da UEMS. Ele primeiro mapeou os animais restantes e avaliou o cenário de criação.

“Encontrei alguns poucos pecuaristas ricos, que preservavam os pantaneiros só porque gostam dos bois e os criavam como animais de estimação, mas não conseguiam renovar os rebanhos pela consanguinidade”, disse ele à Folha.

Entre araras e onças

A base da ONG que se uniu ao pesquisador fica numa área de 25 mil hectares, no Pantanal de Mato Grosso, chamada Reserva São Francisco do Perigara. Há outras 13 bases. A organização foi fundada pelo ex-piloto de Fórmula 1, Mario Haberfeld.

População do boi pantaneiro caiu de 3 milhões de cabeça para 500 animais nos últimos 50 anos. Foto: Bruno Henrique Grolli Carvalho/Divulgação

A Onçafari tem o objetivo de preservar animais de todos os biomas e promover o ecoturismo responsável. A onça-pintada é o principal deles, e há também as araras-azuis. O que se descobriu é que é interessante o pantaneiro também brilhar no projeto e ser reconhecido como peça fundamental.

“Eles são fundamentais para manter as condições do bioma. As vegetações forrageiras crescem muito no verão e, se os bois não pastarem, essa biomassa vira feno, que aumenta o risco de incêndios”, explicou o professor.

A raça bovina consome os coquinhos da palmeira acuri, fruto que as araras-azuis comem. Ao ruminar, quebra a casca dura e deixa o miolo preparado para a alimentação das aves.

Além disso, segundo Marcus, o boi pantaneiro é a única raça que consegue se defender dos ataques das onças. O que ajuda é sua pelagem de 37 tonalidades, que o permite se camuflar, e o comportamento de unir o rebanho e formar barreira protetora para intimidar o felino. É um padrão de comportamento único, segundo disse o pesquisador ao jornal.

Já nasceram

O professor da UEMS coordena a produção de dois lotes de bois por inseminação: um de pantaneiros de mães Nelore e outro de bezerros meio sangue. Eles farão parte de um rebanho de pantaneiros puros paridos de 2023 para cá. “Nosso objetivo é conseguir um rebanho de 500 pantaneiros. Vai chegar o momento, daqui a cerca de sete anos, em que as vacas Nelores não serão mais necessárias como barrigas de aluguel”, calcula.

Carne

O projeto ainda não se dedica a esse ponto. Mas Oliveira prevê que isso será feito mais tarde. As expectativas são boas. “Assim que a propriedade estiver cheia de bois pantaneiros, vamos entrar nesse assunto. Tenho alguns animais e sei que a carne é muito especial, pelo alto grau de marmoreio”, finaliza.

Fecundação in vitro gera bezerros de qualidade desde 1996

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, por intermédio do Centro Nacional de Pesquisa de Recursos Genéticos e Biotecnologia – Cenargen, começou em 1996 a desenvolver pesquisa para garantir a preservação de raças de animais em perigo de extinção e o aumento da produção de bezerros e de carne, com maior produtividade e a custos menores, beneficiando a pesquisa, os pecuaristas, a agroindústria e os consumidores

Trata-se da fecundação in vitro”, ou seja, da fecundação em laboratório, cujos resultados, os animais nascidos, são popularmente conhecidos como bezerros de proveta”.

Essa técnica foi utilizada pela Embrapa em 1994, quando nasceram os dois primeiros bezerros zebuínos de proveta do mundo. Mas, desta vez, há uma grande diferença em relação ao que foi feito naquele ano. Em 1994, a pesquisa utilizou material genético retirado de vacas abatidas, ao passo que agora esse material está sendo retirado de vacas vivas, por meio da chamada punção folicular e auxílio da ultra-sonografia, com grandes vantagens em relação ao número de bezerros a serem produzidos.

Tecnologia pode ajudar na identificação de outras raças

A startup estava incubada na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em Campo Grande, e os sócios da empresa trabalharam para adaptar o algoritmo criado para preservar o gado pantaneiro em risco de extinção a outras raças, como: nelore, girolando e angus, mais comuns no país. A ideia é oferecer uma opção aos métodos tradicionais de identificação, como brincos numerados, colares, tatuagens na orelha e marcação a ferro quente, poupando tempo e dinheiro dos pecuaristas e sofrimento aos animais.Para projetar o sistema, Weber empregou um conjunto de técnicas computacionais, específicas para o processamento e a análise de imagens, inspiradas em processos biológicos que ocorrem no córtex visual humano, conhecidas como redes neurais convolucionais (RNC).O estudo com os bovinos pantaneiros mostrou que o modelo de arquitetura de RNC pode ser aplicado a um sistema de visão computacional para o reconhecimento automático dos animais. O processo é semelhante ao usado na identificação facial de pessoas, já adotado em vários países no transporte público, em estádios e em aeroportos.A identificação é feita a partir de um banco de dados previamente registrado. A diferença é que, no caso do gado, as câmeras analisam não apenas a face, mas também características do dorso, das laterais e da frente do animal.Um artigo detalhando o trabalho de Weber, que contou com a orientação do médico veterinário Urbano Gomes Pinto de Abreu, da Embrapa Pantanal, e a colaboração de pesquisadores do Núcleo de Conservação do Bovino Pantaneiro de Aquidauana (Nubopan) da UEMS, da UCDB e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), foi publicado em 2020 na revista Computers and Electronics in Agriculture. De lá para cá, o modelo tem sido aprimorado.“Houve um processo de maturação do sistema. Adotamos novas tecnologias que são mais rápidas e consomem menos processamento”, diz Weber. “Além disso, estamos automatizando o processo. No início, ele era todo manual. Escolhíamos as imagens, separávamos e montávamos o banco de dados. Agora, o algoritmo deve fazer isso.”Para montar o banco de dados com o gado pantaneiro, os pesquisadores usaram quatro câmeras de monitoramento dispostas em diferentes pontos de um curral. Milhares de imagens de um rebanho composto por 51 cabeças foram gerados. Com o acervo finalizado, uma câmera munida com um software específico foi capaz de identificar individualmente cada um dos bovinos do grupo em alguns segundos (ver infográfico abaixo).O reconhecimento visual e automático dos animais facilita o manejo do rebanho, permite acompanhar o histórico de cada bovino e garante a rastreabilidade do gado. Informações como local de origem do animal, vacinas tomadas, ocorrências sanitárias e alimentação ficam disponíveis para possíveis compradores e fornecedores, reduzindo o risco de irregularidades na produção e no comércio do rebanho.Diferentes arquiteturas computacionais usando RNC e métodos de aprendizado profundo (deep learning) já vêm sendo usadas em estudos para identificar doenças em plantas, classificar organismos marinhos e objetos achados no oceano e até fazer o reconhecimento facial de suínos. Há, no entanto, pouca pesquisa para identificar o gado bovino com essa tecnologia, segundo os pesquisadores.“São feitos estudos em várias regiões do mundo buscando a identificação do rebanho por imagem. Os que conhecemos usam a tecnologia apoiada em câmeras mais avançadas, um método ainda caro, e alguns visam apenas ao reconhecimento facial do animal, o que torna difícil o processo”, conta Weber.

“No sistema extensivo de gado de corte que vigora no país, especialmente dos zebuínos como o nelore, é difícil o animal ficar parado para a obtenção da imagem da face. Esse é o maior desafio: conseguir não apenas o reconhecimento facial, mas identificar os animais a partir de outras características, no pasto e no curral”, explica Abreu, da Embrapa.

O grupo de pesquisadores sul-mato-grossenses pretende que a tecnologia seja acessível a todos, dos maiores aos menores pecuaristas, e funcione mesmo sem sinal de internet no campo. Os dados poderiam ser disponibilizados por uma rede intranet ou por um sistema baseado em protocolos de comunicação sem fio, como bluetooth, ambos de baixo custo.

“Queremos chegar não apenas no grande, mas também no pequeno empreendedor rural, para que ele possa usar essa tecnologia. O diferencial do nosso sistema são as câmeras. Enquanto a maioria das pesquisas usa câmeras 3D, utilizamos as 2D, dessas domésticas, que são mais baratas”, conta Weber.

O médico veterinário e pecuarista Alexandre de Oliveira Bezerra, criador basicamente de nelore, na região de Rio Verde, Mato Grosso do Sul, vê com bons olhos os possíveis resultados concretos da pesquisa. “É um sistema que ajudaria muito, principalmente na economia de tempo para identificar os animais.”

Ele explica que, no método tradicional, é preciso prender o animal em um tronco de contenção para fazer a marcação com ferro quente, brinco ou colar, o que requer tempo e mão de obra. “Identificar os animais por imagem seria excelente porque eles não precisariam ser contidos individualmente. A câmera apenas captaria cada um no pasto”, argumenta.

A tecnologia, supõe Bezerra, também poderia render vantagens econômicas e sanitárias. “O custo do processo poderia cair. Embora os produtos convencionais usados para identificação animal tenham baixo valor unitário, o montante final pode ser expressivo conforme o tamanho do rebanho. Além disso, o reconhecimento visual remoto diminuiria o risco de certos problemas, como inflamação da orelha, perda do brinco e erros na leitura dos dados.”

A equipe da KeroW não sabe ainda quando a nova tecnologia estará no mercado. “Dependemos de investimentos para finalizar a inovação”, comenta a analista de sistemas Vanessa Aparecida de Moraes Weber, uma das sócias da startup e técnica da UEMS.

“Recentemente a empresa foi aprovada em um edital público do CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] para a contratação de bolsas para desenvolver um trabalho com bovinos da raça girolando. Estamos submetendo o projeto a outros programas de fomento para conseguir mais recursos que permitam a compra de equipamentos para dar continuidade à pesquisa.”

Além da identificação animal, a startup planeja incluir no sistema a estimativa de massa corporal dos bovinos, também a partir da captação de imagens. Esse foi o tema do doutorado de Vanessa, esposa de Fabrício, no Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária na UCDB. O desenvolvimento de tecnologias de pesagem empregando visão computacional também é foco de pesquisa de agritechs e universidades.

“O que diferencia meu trabalho de doutorado é que usamos câmeras 2D com sensores RGB [que captam imagens coloridas como estamos acostumados a ver], mais acessíveis, baratas e de fácil manutenção”, diz a pesquisadora. “Na KeroW, queremos explorar a funcionalidade de estimativa de massa para a tomada de algumas decisões, entre elas o ponto de abate. Também será possível categorizar os animais e classificá-los automaticamente quanto ao ganho de peso.”

Entenda a importância do “marruá” para o Pantanal

Patrimônio genético e cultural do Pantanal de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, o boi pantaneiro é um animal encontrado apenas nesta região. 

Bovinos Pantaneiros na Unidade da UEMS, em Aquidauana (Imagem: Marcus Vinicius Morais de Oliveira)
Mas afinal, o que o bovino pantaneiro tem de especial?

“Os primeiros rebanhos de bovinos vieram para a região do Pantanal com os colonizadores espanhóis no início do século XVI, cerca de 200 anos depois chegaram os animais trazidos pelos portugueses. O livre cruzamento entre esses grupos genéticos, gerou por seleção natural uma raça autóctone, com genes Bos taurus taurus, genuinamente brasileira. Ou seja, temos um bovino com genética essencialmente europeia, magnificamente adaptado às condições singulares do Pantanal”, explica o Professor Marcus Vinicius.

Até a Associação Brasileira dos Criadores de Bovino Pantaneiro ser oficialmente reconhecida, em 2013, pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) o bovino Pantaneiro era designado por diferentes nomes locais, como cuiabano, jofreano, marruá, taboqueano e taquati. Sendo há séculos as qualidades e características imponentes dos animais descritas em poesias e letras de canções.

  • O longo processo de seleção natural, com períodos intermitentes de seca e alagamento, levou o bovino Pantaneiro a ser perfeitamente adaptado às condições climáticas do Bioma Pantanal. Seu casco denso lhe permite caminhar continuamente nas paisagens alagadas. Seus chifres grandes auxiliam na termorregulação, reduzindo os efeitos das altas temperaturas, além de servirem como proteção às onças. O couro é preto e os pelos finos e sedosos, minimizam a ação danosa dos raios solares. Os animais também se destacam por terem carne e leite de alta qualidade.

“Existe ainda o interesse na manutenção desta genética taurina diferenciada, porque este gado tem uma alta tolerância ao carrapato, e, portanto, um grande diferencial frente as raças modernas europeias, que tem seu uso limitado na pecuária comercial. Todavia, é necessário o apoio dos órgãos de fomento público, e em especial dos Governos dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, para a obtenção de recursos para dar continuidade ao trabalho que está sendo feito pela Universidade”, acrescenta.

Apesar dos esforços, a raça ainda está em risco de extinção tanto no Mato Grosso como no Mato Grosso do Sul. Segundo as pesquisas, em 2007 existiam em ambos os estados cerca de 500 animais puros, hoje com os trabalhos de divulgação e fomento da raça, esse número triplicou, mas ainda há muito que avançar.

Um pouco de história

Imagem do período em que os bovinos, na época chamado de cuiabanos, chegavam com os tropeiros e marchantes em Sorocaba (SP), município que tornou-se um marco nos séculos XVIII e XIX, devido a sua posição estratégica.

As pesquisas apontam que no final do século XIX existiam cerca de 3 milhões de cabeças de bovino Pantaneiro nas partes alta e baixa do Pantanal brasileiro. Foi neste período que se consolidaram os grandes frigoríficos produtores de charque. E com a exploração dos animais sem controle adequado, os rebanhos foram diminuindo rapidamente e outras raças, especialmente as zebuínas, foram sendo introduzidas no Pantanal. Nesse período ocorreu também o envio maciço de animais Pantaneiros, por meio de comitivas e de trem, para o Estado de São Paulo, principal mercado comprador de bovinos do Pantanal.

Nesse contexto, o cruzamento absorvente com o gado nelore foi o mais danoso a raça Pantaneira, sendo em alguns anos os bovinos Pantaneiros reduzidos a apenas algumas centenas de indivíduos. “Os poucos animais que sobraram foram mantidos pelas famílias mais tradicionais, devido à maciez e sabor da carne, e pela qualidade do seu leite”, explica o Professor Marcus Vinícius.

Saindo da extinção

A grande virada para o salvamento da raça ocorreu com a criação da Associação Brasileira de Criadores de Bovino Pantaneiro (ABCBP), no ano de 2013. Onde congregou-se produtores e os trabalhos efetuados pela Embrapa Pantanal e pelo NUBOPAN/UEMS.

Recursos disponibilizados para a Rede de Pesquisa Pró-Centro Oeste, possibilitou uma parceria com a Universidade de Córdoba, na Espanha, e viabilizou análises de DNA, de maneira a ser possível rastrear quais raças europeias foram as ascendentes e responsáveis pelas características atávicas do bovino Pantaneiro.

Ao todo foram identificadas 11 raças, sendo 4 espanholas (Berrenda Negra/Vermelha, Negra Andaluza, Retinta, Rubia Gallega) e 7 portuguesas (Alentejana, Algarvia, Arouquesa, Barrosa, Mertolenga, Minhota, Mirandesa). Registros também corroboram a existência, em alguns rebanhos, de genes oriundos das raças Shorthorn e Hereford, ambas originárias da Inglaterra.

Na UEMS, em Aquidauana, os primeiros animais chegaram em 2009. Fruto de uma parceria com a Embrapa Pantanal, viabilizada pelo Centro de Pesquisa do Pantanal (CPP). Foram recebidas 15 bezerras desmamadas, com 8 meses de idade, da Fazenda Nhumirim, campo experimental da Embrapa Pantanal, em Corumbá.

(*) Trecho de matéria publicada primeiro na Folha de S. Paulo. Demais informações são de estudos da Fapesp, UEMS, UFMS, UCDB e Embrapa Pantanal.

 

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