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Wi-Fi público tem risco baixo, mas pode permitir golpes; veja dicas para se prevenir

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Conexão pode não oferecer recursos de segurança adequado e permitir, por exemplo, que golpistas “espelhem” seu celular e saiba o que você faz.

Por Agência 24h

Espaços como praças, parques, terminais de ônibus, hotéis, entre outros, podem ter algo em comum: a conexão Wi-Fi pública. Apesar de ser um serviço bem-vindo, esse tipo de conexão pode por em risco a segurança digital, abrindo espaço para golpes.

🛜 Wi-Fi público é uma rede de internet disponível para qualquer pessoa se conectar. Normalmente, elas não possuem senha e podem ser acessadas por vários usuários ao mesmo tempo.

A falta de recursos adequados de segurança pode permitir, por exemplo, a técnica conhecida como “man-in-the-middle” (homem no meio, em tradução livre), explica Marcelo Teixeira de Azevedo, professor de ciência da computação do Mackenzie.

Nessa técnica, o criminoso usa uma brecha na rede pública para interceptar a comunicação entre o usuário e um aplicativo de banco, por exemplo, podendo roubar dados sensíveis e acessar contas bancárias.

Mas, para realizar crimes do tipo, é preciso ter conhecimento específico sobre algumas ferramentas tecnológicas, o que não é comum para a maioria das pessoas, observa Carlos Alberto Iglesia Bernardo, professor de segurança cibernética no Instituto Mauá de Tecnologia.

“Se for um ambiente bem configurado [com recursos de proteção], com atualizações e melhores práticas de segurança, eu diria que a probabilidade (de golpe no Wi-Fi público) é mínima“, completa.

Os especialistas, no entanto, sugerem tomar alguns cuidados extras, que valem para celulares e notebooks.

  • O que fazer para ter mais segurança?
  • Quais são os golpes mais comuns?
  • Wi-Fi público é menos seguro?

O que fazer para ter mais segurança?

  • Leia o termo de privacidade. Ele costuma ser um documento longo, mas os especialistas indicam sua análise. Vale redobrar atenção no trecho que tratar sobre o uso dos dados de navegação.
  • Se possível, não faça compras online nem baixe arquivos para não ter que digitar dados sensíveis, como informações pessoais ou senhas de cartão de crédito.
  • Evite fazer login em sites que exijam senhas. Alguns golpes refletem o que é visto e escrito em seu aparelho. Assim, o criminoso saberá suas informações.
  • Mantenha atualizados os aplicativos e o sistema operacional do aparelho.
  • Instale programas antivírus.
  • Se precisar acessar ou digitar dados sensíveis, use VPN no aparelho. Ela funciona como um filtro que codifica seus dados de navegação, ou seja, as informações de navegação são registradas em códigos, dificultando o acesso por terceiros.
  • Verifique a legitimidade da conexão. Criminosos podem criar uma rede com o mesmo nome para acessar os dados dos usuários. Nas redes legítimas, o provedor geralmente disponibiliza informações como nome, alcance e tempo máximo de uso. Por exemplo, espaços de Wi-Fi público oferecidos por prefeituras costumam ter placas com essas informações. Confirme se essas informações estão disponíveis antes de se conectar.

📲 Quais são os golpes mais comuns?

Entre os casos mais comuns está o falso termo de privacidade. Ao concordar com ele, o usuário acaba permitindo o uso das informações pessoais para outros fins.

Supostamente é uma rede gratuita que, no final das contas, ela vai poder ter acesso ao que você está fazendo e, eventualmente, compartilhar os dados com empresas terceiras, explica Marcelo Teixeira.

“Não existe almoço grátis, né? No capitalismo, a gente sabe que às vezes a gente paga com outras informações que não necessariamente dinheiro e, hoje em dia, nossos dados têm grande valor”, completa o professor.

Outro modelo de golpe é hackear o endereço de IP. Todo aparelho tem esse endereço, que funciona como código de identificação na internet do seu celular . Se o criminoso tiver acesso a ele, toda sua atividade online ficará disponível.

“Hackers têm ferramentas que conseguem tomar algumas ações em celulares e notebooks para explorar vulnerabilidades, como inserir páginas falsas para aplicar golpes, ter acesso a informações bancárias, até manusear o aparelho se passando pelo dono”, explica Carlos Alberto.

Além disso, como citado no início da reportagem, criminosos podem espelhar sua navegação na internet, ou seja, saber exatamente o que está fazendo e, com isso, ter acesso a informações pessoais.

Golpistas usam redes Wi-Fi liberadas para roubar dados de usuários

🛜 Wi-Fi público é menos seguro?

Os especialistas explicam que a rede de conexão pública tende a ser menos protegida por conta do número de acessos e pouco controle que ela eventualmente tem. Normalmente basta um simples cadastro para conectar; às vezes, nem isso.

  • Criptografia na conexão. Ela codifica as informações de navegação e dificulta acesso de terceiros. Para verificar se há, clique no ícone de “engrenagem“, no campo direito da tela, quando for se conectar. Se a conexão tiver criptografia, vai aparecer a informação WPA2 ou WPA3.
  • Autenticação em duas etapas é um recurso que acrescenta camada adicional de segurança. Além de inserir a senha da conexão, o usuário precisa confirmar um código adicional, geralmente enviado para o seu dispositivo móvel, ou em uma outra página na web.
  • Política de privacidade é um termo que explica as regras de uso da conexão. Normalmente, redes seguras possuem documentos do tipo e devem ser apresentados, exclusivamente, antes do usuário usar a internet.

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