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Tecnologias aumentam produtividade e reduzem gases ao mesmo tempo

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Brasil apresenta os melhores indicadores de produtividade entre os países comparados

Por Comunicação – IPEA

Um estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta quarta-feira (27) evidencia a mudança tecnológica como um elemento crucial tanto para o crescimento econômico quanto para o avanço sustentável do setor agropecuário. A pesquisa “Sustentabilidade produtiva e efeito poupa-florestas na agricultura: um comparativo internacional” apresenta indicadores de Produtividade total dos fatores (PTF) e o efeito de poupança florestal (EPF), que analisam o desempenho da produtividade na agricultura com base no valor das exportações agroexportadoras, analisando países como Estados Unidos, Holanda, Brasil, Alemanha, França, China, Itália, Canadá e Bélgica.

De acordo com o técnico de planejamento e pesquisa José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho, “o uso de novas tecnologias tem possibilitado o aumento da produção sem a necessidade de expandir as áreas plantadas e de pastagens, evitando, assim, o desmatamento, ou o chamado efeito poupa-florestas”. Com base nos resultados, esse efeito tem sido particularmente significativo no Brasil, que poupou quase metade (43,2%) de seu território entre 1990 e 2020, seguido pela Espanha (20,4%) e pelos Estados Unidos (8,9%).

Comparativamente aos demais países analisados, o Brasil apresentou melhores indicadores de produtividade, o que, indiretamente, contribui para a sustentabilidade. Isso ressalta a importância de políticas tecnológicas bem-sucedidas no setor, que não só contribuem para a segurança alimentar, mas também para o desenvolvimento econômico e a redução da pressão sobre o desmatamento. Segundo a pesquisadora Zenaide Rodrigues Ferreira, “os resultados evidenciam que, no Brasil, 1 kg de alimento produzido hoje gera menos emissões do que no passado”. O estudo mostrou que este comportamento da produção brasileira obteve uma performance muito superior do que os demais países avaliados.

O Brasil também lidera o crescimento da produtividade total dos fatores por emissões totais e no setor agropecuário. De 1990 a 2018, a PTF brasileira por emissões totais registrou o maior aumento, com 3,7%. Já de 2010 a 2018, a taxa de crescimento da PTF no país foi ainda mais expressiva, atingindo cerca de 7,4%. Em relação à PTF por emissões do setor agropecuário, o indicador brasileiro é relativamente menor, mas ainda superior aos demais países, principalmente na última década.

O estudo destaca ainda que é no setor agropecuário onde existem as janelas de oportunidades para mitigar e reduzir as emissões de CO2 equivalente. No comparativo internacional, a construção de políticas tecnológicas bem-sucedidas deve focar no crescimento da produção por unidade de insumo. O texto também reflete que o financiamento de tecnologias contribui para a segurança alimentar, desenvolvimento econômico e redução da pressão sobre o desmatamento.

Acesse a íntegra do estudo

 

 

 

 

 

 

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