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Agenda internacional põe MS no radar das principais economias

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Governador Eduardo Riedel dá atenção às relações externas e coloca Estado nas vitrines da economia e da sustentabilidade

Mato Grosso do Sul já é um dos estados de maior visibilidade na comunidade internacional, graças a duas políticas reforçadas pelas relações externas – econômica e ambiental. Desde o início de seu governo, Riedel tem se dedicado à agenda externa, divulgando as ações no curso da meta de tornar MS um território Carbono Neutro até 2030, e reforçando o potencial econômico, atestado por invejáveis taxas de crescimento, que em 2023 atingiram 6,6%.

Somente em 2023 o Estado promoveu 18 missões internacionais para captação de recursos e estreitamento de relações comerciais. Parte das incursões externas já resulta em dividendos, com a chegada de comitivas oficiais e corporativas buscando selar negócios e promover intercâmbios comerciais, científicos e tecnológicos.

  • A condição de “Estado do Pantanal” dá peso à agenda ambiental do Estado, permitindo ao governador uma política mais agressiva na captação de investimentos ao seu programa de desenvolvimento sustentável.

Ao atrelar as políticas ambiental e econômica com base em práticas sustentáveis, o governo do Estado “abriu a porteira” para os investimentos, tanto privados quanto públicos e externos, nas duas principais indústrias de Mato Grosso do Sul – a agroindústria, nos segmentos de alimentos, bioenergia e florestal, e o turismo, assentado nas ações de preservação e conservação. O ecoturismo, ou o turismo de natureza, é um dos setores que mais crescem no mundo.

Apelo climático

Governador Eduardo Riedel recebe o embaixador do Japão no Brasil, Hayashi Teije (Foto: Bruno Rezende)

As principais rotas turísticas – Pantanal e Bonito-Serra da Bodoquena ganharam mais visibilidade e já atraem investimentos externos por conta das práticas sustentáveis inovadoras e as políticas públicas que protegem os corredores ecológicos. Na semana passada foram confirmados dois eventos que se somam a outros de importância também muito grande, que são o desenvolvimento de projeto piloto de turismo sustentável no Pantanal, pelo governo da Alemanha, e a escolha de Bonito para a recém lançada Feira Internacional de Destinos Inteligentes, um evento do Ministério do Turismo voltado ao turismo de natureza.

A criação do Fundo Clima Pantanal, apensado à Lei do Pantanal é considerada uma das principais ações da política ambiental estadual para o desenvolvimento sustentável, um mecanismo muito eficaz para trazer investimentos e resguardar o segundo principal bioma do Brasil, depois de Amazônia.

As políticas ambiental e econômica, do modo como vêm sendo conjugadas, já credenciam MS a buscar recursos externos. O Fundo Clima tem essa pegada, por ser um instrumento que integra economia e conservação e facilita a entrada de recursos nacionais e internacionais para dar escala às inciativas e práticas sustentáveis. O governo do Estado deve trazer ao menos R$ 1 bilhão de bancos internacionais para a resiliência climática e segurança viária no Pantanal.

Comitivas diplomáticas

Nessa semana o governador Eduardo Riedel recebeu duas comitivas diplomáticas interessantes para as relações comerciais. O embaixador do Japão no Brasil, Hayashi Teije, veio ao Estado na segunda-feira para conversar sobre o comércio bilateral. Ele já esteve no Estado em outras duas ocasiões com o mesmo objetivo, de olho na produção agropecuária, além do incremento no intercâmbio tecnológico, conectividade digital, inovação na agricultura, setor farmacêutico e biocombustíveis, com foco no hidrogênio verde. Áreas em que o Estado vem avançando. Na área científica, o embaixador destacou a participação da farmacêutica Takeda na produção da Qdenga, vacina contra a dengue.

Riedel foi convidado a participar das comemorações dos 130 anos de relações comerciais entre Brasil e Japão e o Estado vai participar também em 2025 da Expo Mundial do Japão, voltada à inovação tecnológica e sustentabilidade.

Índia – Em outra agenda, o governador Riedel expôs à cônsul-geral da Índia em São Paulo, Manisha Swami, números da produção agrícola, industrial e o ecoturismo de Mato Grosso do Sul. A Índia tem interesse na importação de produtos agrícolas e cooperação para ampliar as oportunidades de negócios no setor turístico, agroindústria e tecnologia.

Sobre a diversificação econômica, Riedel destaca que há investimentos projetados de mais de R$ 70 bilhões e também já consolidados. “Somos polo na área da celulose, e também temos muitas cooperativas instaladas no Estado, além da nossa vocação no agronegócio, inclusive com produção de milho, etanol. E ainda o ecoturismo, especialmente em Bonito e no Pantanal”, mostrou Riedel à diplomata indiana.

A visita da consulesa, que está baseada em São Paulo, principal centro financeiro do Brasil, é desdobramento da visita feita em agosto do ano passado pelo embaixador da Índia, Suresh Reddy.

Vice-governador José Carlos Barbosa com integrantes de comitiva indiana (Foto: João Garrigó)

Ainda em 2023, no mês seguinte à vinda do embaixador, o Estado recepcionou dois cônsules indianos ligados à CCIB (Câmara de Comércio Índia Brasil), que vieram ao Estado para tratar de biocombustível, tecnologia, agronegócio e intercâmbios científicos e tecnológicos. Um setor que está na agenda dos indianos é a pecuária de leite. A Índia quer enviar técnicos para conhecer o sistema produtivo. O país é um grande mercado consumidor e enxerga o Brasil como um parceiro estratégico para as suas relações comerciais.

União Europeia

Eduardo Riedel também se reuniu nos últimos dias com a embaixadora da União Europeia no Brasil, Marian Schuegraf, que tratou com o governador da agenda ambiental e a produção sustentável.

Riedel e a embaixadora da UE no Brasil, Marian Schuegraf (Foto: Bruno Chaves)

“Mato Grosso do Sul tem uma economia dinâmica que cresceu 6,6% em 2023 e tem cadeias produtivas importantes como derivados de floresta plantada, carne, grãos, soja e milho. Estamos ampliando o diálogo com a União Europeia e protegendo os mercados do Estado, no sentido de mantê-los ativos e abertos ao mercado europeu que é extremamente importante”, afirmou Riedel, numa referência às barreiras comerciais da EU, que consistem no boicote de produtos oriundos de regiões onde há desmatamento.

“Expusemos todas as nossas ações, a Lei do Pantanal, discutimos também o nosso monitoramento, todas as ações de prevenção a incêndios, queimadas, a garantia da manutenção da nossa biodiversidade. E colocando isso frente à garantia de que os produtos sul-mato-grossenses têm alto grau de responsabilidade. Vamos mostrar isso cada vez mais ao mundo, por entender que os nossos produtos carregam em si aquilo que a gente quer ver, responsabilidade ambiental, social”, afirmou Riedel após o encontro com embaixadora Marian Schuegraf.

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