domingo, novembro 24, 2024
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Seca extrema em 60 milhões de hectares na Argentina

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Relatório indica aumento nas áreas de seca severa. Lavouras e rebanhos enfrentam desafios crescentes com o aumento das temperaturas e a escassez de chuvas

Em uma recente avaliação do cenário agrícola sul-americano, dados alarmantes emergem do Boletim Agrometeorológico do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) da Argentina, revelando um aumento significativo na área afetada pela seca, que agora se estende por mais de 60 milhões de hectares. Especialmente notável é a condição severa de seca em mais de 4 milhões de hectares na região de Cuyo, uma consequência direta da combinação letal de escassez de chuvas e uma intensa onda de calor que assolou grande parte do país.

Esta situação meteorológica adversa não é única da Argentina, refletindo uma preocupação compartilhada por agricultores em toda a América do Sul, incluindo o Brasil, um dos maiores produtores de soja do mundo. As altas temperaturas, que ultrapassaram os 35°C em várias regiões, incluindo o norte argentino, Cuyo, o oeste da região Pampeana e o norte da Patagônia, com picos de até 41.2°C em Cipolletti, exacerbaram os efeitos da seca, afetando diretamente a qualidade e o desenvolvimento da soja.

A combinação de calor extremo e falta de umidade é particularmente prejudicial para a soja, uma cultura altamente sensível às condições climáticas durante sua fase de florescimento e enchimento de grãos. O stress hídrico e térmico durante estes períodos críticos pode resultar em redução significativa na qualidade dos grãos, afetando tanto o rendimento quanto a composição nutricional da soja, com implicações diretas para o mercado agroexportador e a economia regional.

Publicado no site AGROLINK

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