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Estado arrecada quase 9% mais em 2023

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Setor florestal, agroindústria e bioenergia aceleram ritmo da economia e investimentos de R$ 70 bi devem manter crescimento do PIB nominal acima de dois dígitos

Fonte: Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz)

Mato Grosso do Sul é um dos estados que decidiram não aumentar a carga tributária, mantendo em 17% a alíquota do ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços), apesar da projeção de queda de receita com a reforma.

Segundo o governo, com a perspectiva de investimentos privados, que devem passar de R$ 70 bilhões nos próximos anos, o Estado será capaz de amortecer o impacto das mudanças no sistema tributário. A projeção de crescimento sustentado é reforçada pelo desempenho da arrecadação, que aumentou quase 9% em 2023.

De acordo com o último balanço do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), de janeiro a novembro do ano passado MS arrecadou R$ 17,7 bilhões, contra 16,2 bilhões no mesmo período de 2022. Um crescimento de 8,83%. Esse volume de receita inclui IPVA e ITCD, entre outras taxas. A fatia do ICMS no bolo da receita corresponde a 84,59%.

Segundo a área econômica do governo do Estado, o crescimento sustentado da economia será observado nos próximos anos por conta dos investimentos privados planejados pelo setor florestal, agroindústria e bioenergia. Entre 2020 e 2021 o PIB nominal cresceu 15%.

Nos próximos anos os maiores investimentos serão em projetos de fábricas de celulose, etanol de milho, esmagamento de grãos, produção de proteína animal e energia renovável. A nova unidade de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, é o segundo maior investimento privado em uma fábrica no País. São 22,2 bilhões, incluindo a compra de ativos florestais (terras e florestas plantadas).

O maior empreendimento de iniciativa privada também é do setor florestal em MS. A fábrica de celulose da Arauco em Inocência, com projeção de investimento de R$ 28 bilhões. São investimentos que desencadeiam outros empreendimentos, seguidos pela expansão das usinas de etanol de cana-de-açúcar e de milho, além da agroindústria, nos segmentos de carne bovina, suína, de frangos, pescado e proteína texturizada.

Por trás desses investimentos estão as políticas de incentivo e suporte logístico do Estado, que investe em infraestrutura rodoviária e projeto de ferrovia por meio da PPP (Parceria Público Privada).

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