Prefeito reclama de gastos com manutenção e aponta falta de dinheiro para abrir vagas em creches e escolas
Por Agência 24h*
O prefeito de Dourados, Marçal Filho (PSDB), foi a Brasília na terça-feira para discutir a liberação do Aeroporto Regional de Dourados para operações comerciais. E aproveitou para negociar com o presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Rogério Amado Barzellay, a devolução da outorga do terminal ao governo federal.
O objetivo do prefeito é se livrar das despesas do aeroporto, mesmo não estando ativo para operações comerciais. O assunto foi tratado também com o ministro de Portos e Aeroporto Silvio Costa, o secretário nacional de Aviação Civil, Tomé Barros Monteiro França, e a diretora de Investimentos da Secretaria Nacional de Aviação Civil, Luíza de Amorim Motta Deusdará.
“Hoje, a outorga é do município e, com isso, todas as despesas do aeroporto ficam sob responsabilidade da Prefeitura de Dourados. Com a devolução da outorga à União, essas obrigações deixariam de existir, e nossa cidade não precisaria gastar milhões de reais anualmente com a manutenção do aeroporto”, destacou Marçal. “Esses gastos milionários são consequência de um contrato de quase R$ 10 milhões firmado pela gestão anterior, mesmo com o aeroporto fechado e sem qualquer utilidade para a sociedade”, explicou o prefeito.
Durante a discussão sobre a devolução da outorga, o prefeito Marçal Filho relatou ao presidente da Infraero a carência de vagas em creches e escolas municipais, ressaltando que os recursos públicos destinados à manutenção do Aeroporto Regional, fechado há quase quatro anos, poderiam ser aplicados na construção de unidades educacionais.
Segundo o prefeito, com a devolução da outorga à União, todas as despesas operacionais do Aeroporto Regional de Dourados passariam a ser de responsabilidade do governo federal. “Discutimos esse tema também com o ministro Silvio Costa, e o processo está avançando”, afirmou.
Marçal Filho ressaltou que as operações das companhias aéreas não dependem da conclusão do novo terminal, já que o terminal atual será utilizado enquanto o novo é construído. “Apresentamos ao ministro, ao secretário nacional de Aviação Civil e ao presidente da Infraero as medidas já adotadas para que a cabeceira 24 da pista seja vistoriada novamente pelo Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), e homologada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)”, complementou.
O diretor de Relações Institucionais da Azul, Cesar Grandolfo, garantiu que, assim que a pista for homologada pela ANAC, a empresa retomará suas operações em Dourados. O prefeito também terá reuniões com outras companhias aéreas, incluindo a GOL, nos próximos dias.
Fonte: Juliano Gianotto – AEROIN.NET