Adição de gelo ajuda a controlar a temperatura do concreto durante o processo de cura, evitando fissuras e aumentando a resistência final.
Por Agência 24h*
A construção da Ponte da Bioceânica, que ligará o Brasil ao Paraguai, enfrenta um desafio significativo: o calor extremo que pode alcançar até 41,8ºC no Pantanal. Para garantir a durabilidade e a resistência da estrutura, os engenheiros decidiram misturar gelo ao concreto utilizado na obra. Essa técnica inovadora visa não apenas melhorar a qualidade do material, mas também assegurar que a ponte suporte as altas temperaturas da região.
O uso de gelo no concreto é uma prática que tem se mostrado eficaz em diversas construções. A adição de gelo ajuda a controlar a temperatura do concreto durante o processo de cura, evitando fissuras e aumentando a resistência final. Além disso, essa abordagem é especialmente relevante no Pantanal, onde as condições climáticas podem ser severas e imprevisíveis.
Desenvolvimento da região
A Ponte da Bioceânica é uma obra crucial para o desenvolvimento econômico da região. Ela facilitará o transporte de mercadorias entre os países do Mercosul e abrirá novas rotas para o turismo e agronegócio. O governo brasileiro investe na infraestrutura para impulsionar o comércio e promover o turismo na área, que é rica em biodiversidade e cultura.
Com a construção em andamento, as autoridades locais esperam que a ponte não apenas melhore a logística entre Brasil e Paraguai, mas também atraia visitantes para o Pantanal. A beleza natural da região, combinada com uma infraestrutura moderna, pode transformar o Pantanal em um destino turístico ainda mais atrativo.
A Rota Bioceânica, que conecta o Brasil ao Paraguai e se estende até o Chile, é um projeto estratégico que promete transformar o agronegócio brasileiro, especialmente em Mato Grosso do Sul. A construção da ponte que liga Porto Murtinho a Carmelo Peralta é um dos marcos dessa rota, que visa não apenas facilitar o transporte de mercadorias, mas também integrar economicamente a região.
Importância para o Agronegócio
A Ponte Bioceânica representa uma oportunidade significativa para o agronegócio brasileiro por várias razões:
- Redução de Custos Logísticos: A implementação do corredor rodoviário pode diminuir os custos logísticos em até 30% para os produtores de Mato Grosso do Sul. Essa redução é crucial para aumentar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional.
- Acesso a Novos Mercados: Com a rota, os produtores terão acesso facilitado aos portos chilenos, permitindo uma exportação mais rápida e eficiente de grãos e outros produtos agrícolas. A navegação para mercados asiáticos será encurtada em aproximadamente 12 dias em comparação com rotas tradicionais, como a partir do Porto de Santos.
- Hub Logístico: Porto Murtinho se posiciona como um hub logístico estratégico. O desenvolvimento de um porto multifuncional na cidade permitirá não apenas a exportação de grãos, mas também a importação de insumos como fertilizantes e adubos, criando um ciclo logístico mais eficiente e econômico.
- Integração Regional: A rota promoverá uma integração econômica entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. Essa colaboração pode resultar em um aumento nas trocas comerciais e no fortalecimento das relações entre os países da região.
- Desenvolvimento Sustentável: Além dos benefícios econômicos diretos, a Rota Bioceânica pode estimular investimentos em infraestrutura e serviços nas áreas adjacentes, promovendo um desenvolvimento sustentável que beneficiará as comunidades locais.
Expectativas Futuras
As expectativas são altas para a conclusão das obras da Rota Bioceânica, prevista para 2025. O impacto positivo no agronegócio, portanto, é evidente.
Com uma logística mais eficiente e acesso ampliado aos mercados internacionais, os produtores brasileiros estarão melhor posicionados para competir globalmente. Assim, a Rota Bioceânica se configura como uma peça-chave no fortalecimento do agronegócio brasileiro e na promoção do desenvolvimento regional.
(*) Fonte: Portal Agro em Campo – IG
Fotos do destaque e do topo do texto: Saul Schramm