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Suzano já estuda ampliar base florestal e dobrar produção da nova fábrica de celulose

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Após ter uma base florestal consistente – o dobro dos 300 mil hectares atuais – e demanda, Suzano admite montar segunda linha de produção em Ribas do Rio Pardo

Fábrica de celulose da Suzano às margens da BR-262
Por Agência 24h

Depois da inauguração oficial da nova fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo, executivos da companhia contaram que o projeto Cerrado foi concebido para comportar uma segunda linha de produção. A Suzano trabalha com essa possibilidade, mas a ampliação vai depender da aquisição de novas áreas de eucalipto. É preciso uma base florestal consistente para operar uma nova linha. O consumo anual é de 50 mil hectares de madeira. Hoje a base florestal é de 300 mil hectares. Para dobrar a produção, são necessários mais 300 mil hectares. O ciclo de formação das florestas e ponto de corte vai de cinco a sete anos.

Sabe-se que a demanda global por celulose cresce na proporção de 3 milhões de toneladas por ano. Isso significa que seria necessária uma fábrica por ano para atender ao mercado mundial. A Suzano observa que base florestal e as condições do mercado são os principais pontos para definir  os investimentos futuros.

A nova fábrica da Suzano, em operação desde julho deste ano, é a maior planta industrial de celulose de linha única do mundo. Além disso, o projeto foi estruturado para permitir uma expansão futura, dobrando sua capacidade de produção. Aires Galhardo, vice-presidente executivo da Suzano, explica que a planta foi desenhada para abrigar uma segunda linha de produção, embora a expansão dependa da ampliação da base florestal e das condições de mercado.

“Essa planta, o desenho dela e de como a gente posicionou os equipamentos, é um layout para duas plantas. Então, ela foi desenhada para duas plantas. Mas obviamente, quando a gente for fazer uma expansão, temos que fazer uma [ampliação da] base florestal antes, e as condições do mercado tem de estar adequadas para poder fazer isso”, afirmou.

Atualmente, a fábrica opera com uma capacidade de produção de 2,55 milhões de toneladas anuais. Com a expansão, a Suzano poderia atingir 5 milhões de toneladas anuais, o que exigiria cerca de 600 mil hectares de floresta plantada. Galhardo também ressaltou que o foco agora é estabilizar a unidade, sem discussões imediatas sobre a ampliação. “A gente precisa de mais ou menos 300 mil hectares de floresta plantada total para abastecer essa planta, dá uns 50 mil hectares por ano. A gente precisaria dobrar isso para o mesmo volume. [A fábrica] foi desenhada para isso, mas depende de condições de mercado. Mais à frente, se o mercado demandar mais celulose e entendermos que tem as condições para fazer, vamos fazer”, completou.

Impacto social e econômico

 Fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo – estrutura montada com módulos industriais que podem ser duplicados

O governador Eduardo Riedel destaca o impacto positivo do setor de celulose no estado, que gera empregos e impulsiona o desenvolvimento de infraestrutura. “O setor de papel e celulose, de florestas plantadas, tem uma capacidade de gerar emprego de qualidade. Também tem a capacidade de ajudar no processo de investimento em infraestrutura e todas as consequências de um crescimento dessa ordem, que impõe ao Estado ações importantes, como educação, saúde e segurança pública nos municípios que sofrem esse tipo de impacto positivo”, afirmou.

O presidente da Suzano, Beto Abreu, destacou o impacto da fábrica na geração de empregos: “É uma fábrica que emprega 3 mil pessoas, entre a parte florestal e a parte industrial. Gerou 10 mil empregos durante o tempo que ficou em construção, e esse é um processo dinâmico. Então, com certeza, mensalmente, nós vamos ter vagas sendo abertas nas mais diversas áreas para a população”.

Com um investimento total de R$ 22,2 bilhões, o projeto consolidou o Vale da Celulose, a maior área de plantio de eucalipto do mundo. O valor inclui R$ 15,9 bilhões destinados à construção da fábrica e R$ 6,3 bilhões para a formação da base de plantio e a logística de escoamento.

 

 

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