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PIB de MS atinge maior patamar e supera a média de crescimento nacional

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O agro mantém sua relevância na economia sul-mato-grossense, compondo 22,8% do PIB estadual

Agro tem a maior participação no PIB estadual
Por Agência 24h*

Em 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso do Sul chegou ao maior patamar da série histórica do IBGE, registrando R$ 166,8 bilhões e um crescimento de 4,9% em comparação com o ano anterior, superior à média nacional de 3,0%. A economia sul-mato-grossense avançou em sua participação no PIB nacional, saltando de 1,22% em 2010 para 1,7% em 2022. Esse desempenho coloca o Estado na 15ª posição entre as economias estaduais e o destaca no Centro-Oeste, região que aumentou sua participação no PIB nacional para 10,6%, impulsionada pelos setores agropecuário e industrial.

Em 2022, o PIB do Brasil registrou um crescimento de 3,0%, atingindo R$ 9,012 trilhões, com destaque para os setores de serviços e energia, que apresentaram resultados positivos. No entanto, o setor agropecuário teve uma leve retração de 1,1%, principalmente devido à redução na produção agrícola, embora o desempenho da pecuária e da exploração florestal tenha sido favorável.

Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (14) e estão compilados no Relatório do PIB de Mato Grosso do Sul, elaborado pela Assessoria Especial de Economia e Estatística da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), sob responsabilidade da economista Bruna Mendes Dias, participante do projeto do Sistema de Contas Regionais – SCR, do IBGE.

“Esse crescimento é um reflexo da consistência econômica que Mato Grosso do Sul vem adquirindo ao longo dos anos. Nossa taxa média anual de crescimento, desde 2010, foi de 2,38% superando expressivamente o índice nacional, que foi de 0,95% no período. Esses dados confirmam Mato Grosso do Sul como uma economia em expansão e consolidada na região, atraindo investimentos em setores estratégicos e sustentando uma taxa de crescimento que impulsiona melhorias no bem-estar e na qualidade de vida da população”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.

O setor agropecuário  com um crescimento anual de 6,8%, impulsionado pela recuperação da demanda internacional por carne bovina e produtos de madeira, mesmo diante de adversidades climáticas que impactaram culturas como a soja e o milho. Este desempenho é superior ao índice agropecuário nacional, que, devido a quedas de produtividade em algumas regiões, sofreu uma leve contração de 1,1%.

O setor industrial avançou e já responde por 22,9% do PIB de Mato Grosso do Sul, com um crescimento de 4,3% em 2022. A indústria de madeira e celulose liderou essa expansão, fortalecendo o Estado como um polo de exportação e reforçando o crescimento de 14,6% nas indústrias de transformação ao longo da última década. Esse ritmo contrasta com o desempenho de indústrias em outras regiões do país, onde o crescimento industrial enfrentou oscilações devido à alta de custos e variação de demanda.

O setor de serviços, que detém a maior participação na economia do Estado, com 54,3%, se recuperou após a pandemia, crescendo 1,04% em 2022. Segmentos como transporte, armazenagem, alojamento e alimentação tiveram alta no consumo e nas atividades turísticas, refletindo a retomada do setor de hospitalidade e o aumento do consumo familiar. Esse crescimento segue a recuperação observada na economia nacional, mas o índice estadual “apresenta resiliência e estabilidade acima da média do Centro-Oeste”, aponta o relatório da Semadesc.

“Outro aspecto relevante em 2022 foi o foco do Estado na geração de energia, especialmente em fontes hidrelétricas e renováveis, consolidando Mato Grosso do Sul como um polo emergente em energia sustentável no Centro-Oeste. Esse investimento em fontes renováveis está em consonância com a estratégia estadual de crescimento econômico sustentável, diversificando a matriz energética e atraindo novos investimentos no setor”, comenta Bruna Mendes.

Com um PIB per capita de R$ 60.364,69, Mato Grosso do Sul agora se posiciona em 6º lugar entre as unidades federativas, refletindo uma melhoria significativa nos indicadores de bem-estar da população, impulsionado pelos setores agropecuário, industrial e de energia sustentável.

(*) Texto: Marcelo Armôa, Semadesc

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