Operação realizada por forças militares, bombeiros e instituições dos governos federal e estaduais no Pantanal durou quatro meses
Por Agência 24h*
A união das Forças Armadas com o Governo do Estado e Governo Federal culminou com bons resultados no enfrentamento aos incêndios no Pantanal em um ano extremamente difícil para a região. Além disso, o retorno das chuvas desde o mês de outubro, permitiu que a Operação Pantanal II, uma força tarefa montada para combater os incêndios, fosse encerrada. A avaliação foi feita nesta quarta-feira no balanço de apresentação de resultados pelo Comando Militar do Oeste (CMO).
Depois de quatro meses de intensa mobilização a participação das Forças Armadas foi encerrada, mas o Prevfogo do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o Corpo de Bombeiros permanecem de prontidão, sendo que 150 brigadistas do Prevfogo estarão em campo até dezembro e o Corpo de Bombeiros manterá 3 das 13 bases avançadas montadas durante a operação.
A informação foi repassada pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) Jaime Verruck, que juntamente com o diretor-presidente do Imasul, André Borges, acompanhou o evento que contou com coletiva à imprensa. “No momento atual não existem focos a serem monitorados, mas como no ano passado houve uma série de ocorrências de incêndios no início de novembro, vamos permanecer com a estrutura como forma de prevenção”, salientou o secretário.
Autorizada pelo Ministério da Defesa no mês de junho, a Operação contou com uma média de 900 militares e agentes por dia, que atuaram com oito aeronaves, mais de 40 embarcações e quase 170 viaturas terrestres para transportar militares, brigadistas e equipamentos. De julho a agosto foram realizados 525 transportes, deslocando mais de 4,8 mil agentes e 150 toneladas de equipamentos para combate aos incêndios.
As missões aéreas também foram um importante apoio no combate aos incêndios, com 216 missões e o lançamento de mais de 1,2 milhão de litros de água sobre os focos de incêndio. As três Forças realizaram 184 missões de reconhecimento terrestre, aéreo e fluvial. No total, quase 116 mil km foram percorridos durante as missões; isso equivale a cerca de três voltas completas na Terra.
- Além do apoio logístico, mais de 13,5 mil combatentes foram hospedados e 27,6 mil refeições foram fornecidas nas bases de apoio. A fauna pantaneira também recebeu suporte com o transporte de animais silvestres feridos para atendimento veterinário.
Sob a responsabilidade do General de Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha, Comandante Militar do Oeste, a Operação Pantanal II foi autorizada por meio da portaria 3.179, assinada pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. “É gratificante chegarmos ao final dessa Operação com resultados tão expressivos, fruto da sinergia provocada pelas diversas agências que realizaram o combate direto ao fogo, apoiadas pelas Forças Armadas. O Exército Brasileiro, a Marinha e as Forças Armadas estão sempre prontos para atuar em qualquer parte do nosso território, cumprindo qualquer missão que nos seja atribuída”, destacou o General Baganha.
União de competências
Representando o Governo, o secretário Verruck parabenizou o trabalho e enfatizou a eficácia da Operação conjunta. “Inauguramos uma forma de atuação no Brasil. Foi um período de aprendizagem para todos nós. Entendemos a complexidade que foi coordenar uma Operação desta magnitude. O Pantanal tem vários níveis de comando diferenciados. Então a experiência que foi demonstrada aqui, a ação se efetiva pelos bons resultados apresentados neste balanço”, salientou o titular da Semadesc.
“Temos que destacar o quanto é importante ter este olhar sistêmico sobre o Pantanal, que na verdade é de um território que é o Brasil. Tivemos a competência, através da coordenação onde as Forças Armadas tiveram um papel exemplar, de romper estas caixas, de estar combatendo incêndios florestais de uma forma que o Brasil precisava”, concluiu.
A partir ainda deste mês, segundo Verruck, o Governo vai apresentar o programa de Prevenção aos Incêndios. “O Governo do Estado e o Corpo de Bombeiros já têm trabalhado nisso em um programa de prevenção aos incêndios, ainda com mais competências em cima de todo este aprendizado”, concluiu.
(*) Texto Rosana Siqueira, da Semadesc com informações do CMO
Fotos – Mairinco de Pauda