Estado estabiliza no Ranking Geral de 2024 e ganha Prêmio de Excelência por programa que democratiza os investimentos
Por Agência 24h
Mato Grosso do Sul estabilizou no Ranking Geral de Competitividade dos Estados, se mantendo em 9º lugar e, portanto, permanece no TOP 10 no levantamento de 2024, segundo o Centro de Liderança Pública (CLP). Por outro lado, o Estado foi contemplado com o Prêmio de Excelência em razão da priorização dos investimentos públicos, a partir da criação do Centro de Inteligência que ancora o programa MS Ativo Municipalismo.
Em 2023, Mato Grosso do Sul caiu duas posições, em comparação ao ano de 2022, passando de 7° para o 9° lugar. No ano passado, porém, na análise de 99 indicadores que retratavam o desempenho, MS avançou em quatro posições e se manteve estável em um dos 10 pilares temáticos que compõem o Ranking Geral de Competitividade – Segurança Pública, Sustentabilidade Social, Infraestrutura, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Inovação, Potencial de Mercado e Sustentabilidade Ambiental.
Neste ano, no entanto, MS se manteve na 9ª posição no Ranking Geral, permanecendo no TOP 10 dos estados melhor ranqueados, fato que é comemorado pelo governador Eduardo Riedel (assista ao vídeo).
O Estado manteve as posições em quatro pilares – Capital Humano, Solidez Fiscal, Potencial de Mercado, Eficiência da Máquina Pública; avançou em dois – Sustentabilidade Social e Educação; e perdeu posições em quatro pilares – Infraestrutura, Segurança, Inovação e Sustentabilidade Ambiental.
Veja como MS se posiciona nos 10 pilares do Ranking 2024
Potenciais do Estado
Capital Humano – 3º
Solidez Fiscal – 5º
Infraestrutura – 8º
Sustentabilidade Social 8º
Educação – 11º
Desafios do Estado
Segurança Pública – 15º
Inovação – 14º
Sustentabilidade ambiental – 14º
Potencial de Mercado – 13º
Eficiência da Máquina Pública – 12º
REGIÃO CENTRO-OESTE – Na avaliação regional, Mato Grosso do Sul avançou uma posição, passando de 4º para o 3º estado mais competitivo do Centro-Oeste.
Na análise dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e suas 169 metas, o Estado manteve a 10ª posição e recuou uma posição nas camadas ESG (Compromisso Ambiental, Responsabilidade Social e Governança), posicionando-se em 11º no Ranking Geral. A pontuação nas camadas foram 13º na área ambiental, 23º na área social e 7º em governança.
CENTRO DE INTELIGÊNCIA
O Programa Centro de Inteligência GovMS, premiado na edição de 2024 do Ranking de Competitividade, reorganizou a priorização de investimentos em Mato Grosso do Sul, aplicando metodologias de gestão por resultado. O monitoramento em tempo real das obras e a comparação de indicadores de investimento por habitante permitem decisões baseadas em evidências, aumentando a transparência e eficácia das políticas públicas.
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O Centro de Inteligência possibilita ao Governo do Estado avançar em análises sobre o planejamento de obras e investimentos pactuados com os 79 municípios, que abrange infraestrutura e outros setores como saúde, educação e assistência social.
Os monitoramentos (investimentos) são feitos em tempo real, onde são mensurados os indicadores de impactos nos municípios, aumentando a transparência nas ações. O programa dispõe de um painel de BI para monitorar os resultados e fazer análises comparativas dos temas. Isso tem ajudado a pautar os contratos de gestão e as reuniões de secretariado.
“Foi selecionado um projeto nosso como modelo de gestão pública, entre os seis melhores de 292 projetos inscritos. No Centro de Inteligência GOV MS a gente faz o gerenciamento de todos os nossos investimentos e da relação com os municípios. Ficamos felizes em poder oferecer ao Brasil algumas alternativas de gestão”, disse Riedel.
O Prêmio Excelência em Competitividade reconhece os estados que se destacam na priorização da competitividade na formação da agenda do estado, por meio de políticas de alto impacto que influenciam diretamente nos indicadores que compõem o Ranking.
RESULTADOS POSITIVOS
Ao participar da cerimônia de premiação dos estados melhor avaliados no Ranking de Competitividade, o governador Eduardo Riedel destacou que ser competitivo não significa competição, mas estabelecer um plano de governo que seja capaz de atender às necessidades básicas de desenvolvimento. E para isso é preciso qualificar as ações do governo, começando pelo básico bem feito.
ASSISTA AO VÍDEO
- “Estamos qualificando muito os nossos investimentos, para que os municípios cheguem também à totalidade de pavimentação e saneamento. A gente costuma dizer que estamos trabalhando no básico, mas um básico com muita qualidade. Se a gente conseguir o básico de saneamento, de pavimentação, habitação, uma boa saúde primária dentro da regionalização, com capacidade de gerar emprego e renda, um sistema educacional robusto, que não deixa criança fora da escola, que alfabetize na idade correta, a gente vai estar, sem dúvida, transformando o Estado num prazo curto de tempo” – Governador Eduardo Riedel
COMO É MEDIDA A COMPETIVIDADE
O levantamento sobre o desempenho da gestão e execução e gestão das principais políticas públicas é divulgado anualmente pelo Centro de Liderança Pública (CLP) desde 2011, com o desenvolvimento técnico a cargo da Economist Intelligence Unit e contribuição da Tendências Consultoria Integrada que, a partir de 2021, assumiu a elaboração do Ranking.
Na avaliação das potencialidades, o pilar Capital Humano foi o que MS mais avançou em 2023 – subiu 14 posições e se situou em 3° lugar. Posição que foi mantida em 2024. No pilar Solidez Fiscal, o avanço no ano passado foi de quatro posições em relação a 2022 e neste ano também foi mantida a 5ª posição. Em Infraestrutura, a posição recuou um ponto, da 7ª para a 8ª posição. Já no pilar Sustentabilidade Social, caiu de 7° para 10° em 2023 e recuperou duas posições em 2024, situando-se agora na 8ª. Na Segurança Pública perdeu uma posição em 2023 e caiu outras quatro posições em 2024, passando da 11ª para a 15ª.
No quadro dos desafios, depois de recuar três posições em 2023, teve mais um recuo em 2024, passando da 13ª para a 14ª posição.
Em Educação, houve dois avanços seguidos, uma no ano passado e mais duas neste ano, saindo da 13ª para a 11ª. No pilar Potencial de Mercado o Estado estabilizou na 13ª posição, Já em Inovação, houve queda de duas posições, depois do avanço em 2023, retornando à 14ª classificação. No pilar da Eficiência da Máquina Pública, permanece a 12ª posição, lembrando que em 2022 o Estado estava na 8ª colocação.
Camadas ESG e ODS – Pelo segundo ano o levantamento trouxe também 13 novos indicadores no ranking de desenvolvimento sustentado sob a perspectiva ESG, que se baseia nas três dimensões essenciais à sustentabilidade – Ambiental, Social e Governança; e Ranking no cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
Na avaliação dos parâmetros nos três eixos ESG, Mato Grosso do Sul está classificado em 11°, recuo de uma posição em relação a 2023. Já no quadro dos 17 ODS, o Estado avançou, saindo da 11ª para a 10ª posição.
A análise a partir dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável e suas 169 metas bem como os critérios ESG ajudam na valorização das boas práticas ambientais, sociais e econômicas, de modo que o ranking permite orientar as ações frente aos desafios da jornada de sustentabilidade e da sociedade, segundo Gabriela Ferolla, diretora-executiva na SEALL Intelligence.
O alcance do Ranking
Segundo o CLP, o Ranking de Competitividade dos Estados tem como objetivo principal alcançar um entendimento mais profundo e abrangente, trazendo para o público uma ferramenta simples e objetiva para pautar a atuação dos agentes políticos na melhoria da competitividade e da gestão pública. Também se constitui em ferramenta útil para o setor privado balizar decisões de investimentos.
De acordo com a Tendências, responsável pela tabulação dos dados, o ranking possibilita identificar, dentro de cada um de seus 10 pilares temáticos, quais são os pontos fortes e fracos que influenciaram a classificação final do Estado em cada um dos indicadores avaliados.
Excelência de resultados – “A competitividade de um Estado está diretamente ligada à capacidade de ação dos seus líderes públicos. O ranking veio oferecer as bases para a construção do legado de competitividade para aqueles governos que assim desejam fazer”, diz Tadeu Barros, diretor executivo do CLP – Liderança Pública, destacando que “um ambiente onde existe a competição saudável entre pessoas, equipes e organizações, é natural que ocorram maiores incentivos para a excelência de resultados, bem como para a inovação em instrumentos e métodos que possibilitem a superação de desafios”.
“O setor privado é uma esfera social competitiva por natureza. Já o setor público seria, para alguns, um ambiente não competitivo. Sob essa perspectiva, justamente por não ser regido por leis de mercado, o setor público deveria ser guiado por critérios como justiça e equidade, princípios que não são objetos-fins do setor privado”.
“A competição saudável no setor público, além de possível, é desejável. A competição no setor público é um elemento complementar à promoção da justiça, equidade e desenvolvimento econômico e social”.
“Os rankings têm potencial para operar como um poderoso sistema de incentivo e de enforcement aos agentes públicos. Também funcionam como um mecanismo de accountability e promoção das melhores práticas na gestão pública”.
(Fotos: Divulgação/CLP)