Obra será realizada em outubro, mas até será feita manutenção entre Corumbá e Porto Murtinho
Por Agência 24h*
Nos próximos meses, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) iniciará um plano de dragagem emergencial também no Tramo Sul do Rio Paraguai, entre Corumbá e Porto Murtinho. No momento, o projeto está em trâmites internos de contratação para definir a empresa que será responsável pela elaboração do Plano de Dragagem e monitoramento ambiental, segundo o DNIT.
A dragagem emergencial está prevista para durar até seis meses. O objetivo é garantir a navegabilidade, de outubro de 2024 a setembro de 2025, mesmo com calado reduzido. O DNIT identificou 18 pontos críticos e 15 pontos potencialmente críticos no trecho Sul do Rio Paraguai.
Enquanto a dragagem emergencial não é iniciada, a autarquia está se preparando para a manutenção contínua e anual do Rio Paraguai, também no Tramo Sul, e está em processo de obtenção da Licença de Operação para tornar a atividade regular. Vale destacar que, no trecho Norte, a dragagem é realizada regularmente há mais de 20 anos.
As obras de dragagem no Rio Paraguai, no Tramo Norte, que compreende os municípios de Cáceres, no MT, e Corumbá, em MS, estão avançando rapidamente. Até o momento, foram removidos 110 mil metros cúbicos de sedimentos de sete dos 25 pontos críticos identificados.
A dragagem continuará em operação até dezembro para realizar a escavação, carga, transporte e descarte do material dragado, serviço essencial para assegurar a profundidade adequada do canal de navegação e garantir o fluxo eficiente das atividades no rio.
Segundo o DNIT, o avanço da dragagem é contínuo; após a conclusão do trabalho em um ponto crítico, o equipamento de dragagem é imediatamente deslocado para a próxima área identificada como prioritária.
A falta de chuvas, em meio uma seca histórica, impacta no nível dos rios. Além disso, há a previsão de poucas ou quase nenhuma chuva para as próximas semanas, aponta o Cemtec (Centro Estadual de Monitoramento do Tempo e do Clima).
Segundo a tenente-coronel e diretora de proteção ambiental do Corpo de Bombeiros, Tatiane Inoue, as queimadas registradas em 2024 no bioma representam um aumento de 26,2% em comparação a 2020 e 1.544,8% em comparação a 2023.
Com a chegada de agosto, período já conhecido pela estiagem e ventos fortes, as autoridades se preparam para um trimestre ainda mais crítico e alerta moradores e produtores rurais para queimadas de vegetação em todo o Estado.
Vale lembrar que a queima controlada, das quais muitos produtores rurais têm autorização para realizar, está temporariamente proibida. Mato Grosso do Sul registra, ainda, chuvas muito abaixo da média histórica. Em junho deste ano, a maioria dos municípios registrou precipitação acumulada com volumes 100% abaixo do esperado. Ou seja, quase não houve chuva na maior parte do Estado. O Cemtec observou que houve chuva acumulada entre 0-10 mm no mês de junho, em todo o Estado. Em razão disso, percebe-se que MS enfrenta uma intensificação acentuada da seca.