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Senai e sindicatos saem à caça de mão de obra qualificada para a indústria

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Déficit de mão de obra qualificada para o setor industrial se arrasta desde 2022

Por Agência 24h*

A falta de mão de obra é um dos grandes desafios enfrentados pelo setor industrial de Mato Grosso do Sul. Segundo a pesquisa da Sondagem Industrial, elaborada pelo Observatório da Indústria, da Fiems, essa situação vem se repetindo de forma recorrente, especialmente do segundo semestre de 2022 até agora.

Na tentativa de resolver esse gargalo, o diretor-regional do Senai, Rodolpho Mangialardo, e sua equipe se reuniram na última sexta-feira (9) com representantes de diversos sindicatos patronais da indústria no edifício da Incubadora Sindical na capital.

A ideia é fazer uma parceria com os sindicatos. Enquanto eles atraem a mão de obra, o Senai fica responsável por qualificar os trabalhadores e, assim, preencher essa lacuna que a indústria estadual enfrenta.

“Nós vamos oferecer cursos gratuitos, específicos para a área de cada sindicato. São cursos de iniciação profissional, aperfeiçoamento, qualificação, que são mais rápidos, e até cursos técnicos, que exigem um tempo maior. Tem atividades presenciais, semipresenciais e à distância”, esclareceu Mangialardo.

A superintendente do Sinduscon (Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção do Estado de Mato Grosso do Sul), Kelly de Paula de Oliveira, reconheceu que a dificuldade em encontrar mão de obra para o setor já se arrasta há muito tempo e avaliou a reunião como positiva.

“O primeiro passo será de a gente divulgar sobre os cursos para as nossas empresas associadas. O trabalhador poderá fazer o curso de graça e evoluir na carreira. E, depois, divulgar para a comunidade em geral, porque o objetivo é construir uma base de mão de obra forte no setor”, finalizou.

EMPREGOS NO SEMESTRE

  • O conjunto da atividade industrial foi responsável pela abertura de 128 postos formais de trabalho em Mato Grosso do Sul no mês de junho, resultado de 7.982 contratações e 7.854 demissões, conforme levantamento do Observatório da Indústria, da Fiems. Já no acumulado de janeiro a junho, são 5.257 vagas abertas pela indústria, resultante de 53.291 contratações e 48.034 demissões, alcançando uma participação de 25% do total de vagas abertas no estado no período indicado.

As atividades industriais que mais abriram vagas no mês de junho foram:

 – Fabricação de produtos de carne (+156)

– Fabricação de álcool (+121)

– Abate de bovinos (+121)

– Obras de alvenaria (+94)

– Serviços especializados para construção (+67)

– Fabricação de açúcar (+62);

 Já as atividades industriais que mais abriram vagas no acumulado de janeiro a junho foram:

– Fabricação de álcool (+1.095)

– Abate de bovinos (+901)

– Obras de alvenaria (+335)

– Fabricação de açúcar (+305)

– Serviços especializados para construção (+279)

– Abate de aves (+277)

– Construção de edifícios (+266)

– Tratamentos térmicos, acústicos ou de vibração (+231)

– Construção de rodovias e ferrovias (+215)

– Fabricação de produtos de carne (+203)

– Abate de suínos (+194)

– Extração de minério de ferro (+184)

 Municípios que mais contrataram

Em relação aos municípios, constata-se que em 54 deles as atividades industriais registraram saldo positivo de contratação no período de janeiro a junho de 2024, proporcionando a abertura de 7.650 vagas.

Entre as cidades com saldo positivo destacam-se:

Campo Grande (+2.296)
Dourados (+657)
Três Lagoas (+480)
Nova Andradina (+446)
Aparecida do Taboado (+379)
Corumbá (+332)
Sidrolândia (+290)
Paranaíba (+256)
Naviraí (+176)
Itaquiraí, (+165)
Costa Rica (+156)
Ponta Porã (+153)
Angélica (+144)
Fátima do Sul (+136)
Eldorado (+123)
Nova Alvorada do Sul (+112).

Por outro lado, em outros 23 municípios as atividades industriais registraram saldo negativo, proporcionando o fechamento de 2.393 vagas.

Entre as cidades com saldo negativo destacam-se:

Ribas do Rio Pardo (-1.799)
Inocência (-201)
Chapadão do Sul (-112)

(*) Fonte: Sistema Fiems

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