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Contas públicas: Conheça os piores e os melhores prefeitos de MS

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Levantamento com base em dados do Tesouro indica que 54% das prefeituras têm gestões fiscais EQUILIBRADAS E 46% DESAJUSTADAS

Ignorados por grande parte das pessoas, inclusive pelos próprios políticos, os indicadores fiscais e econômicos dão ideia clara sobre como uma cidade é administrada. A gestão fiscal é o que garante uma boa administração e sem equilíbrio das finanças as prefeituras não podem obter recursos e nem financiar obras essenciais para a população. Assim, o ranking do “serasa” do Tesouro pode ajudar os eleitores a fazer uma boa escolha nas eleições municipais de 2024.

Com base em dados da Secretaria do Tesouro Nacional, atualizados em 29 de julho passado, o portal de notícias MS em Brasília elaborou levantamento a fim de levar informações mais precisas aos eleitores dos 79 municípios do Estado sobre como está a situação fiscal das prefeituras.

O estudo indica que 54,4% das prefeituras (43) apresentaram situação fiscal confortável em 2023. Já 45,6% delas (36) tiveram resultado negativo, como nota C, ou não prestaram informações ao Tesouro, conforme determina a legislação.
Embora o Governo federal tenha criado o índice sobre a Capacidade de Pagamento (Capag) para definir quais entes podem solicitar empréstimo com aval da União, é o instrumento que melhor avalia a situação fiscal de Estados e municípios.

A Capag é formada por três indicadores: endividamento, poupança corrente e índice de liquidez. “Logo, avaliando o grau de solvência, a relação entre receitas e despesa correntes e a situação de caixa, faz-se diagnóstico da saúde fiscal do Estado ou município”, observa documento do órgão responsável pela análise das contas públicas do país.

O levantamento exclusivo do MS em Brasília foi feito com base em números, dados e informações técnicas prestadas pelos municípios, os quais sustentam os conceitos sobre “boa” ou “má” condução fiscal das contas públicas.

Não inclui, por exemplo, análise sobre popularidade do gestor, ou mesmo possível envolvimento em denúncias de irregularidades, corrupção ou improbidade administrativa. Também não leva em conta se o prefeito ou prefeita investe mal o dinheiro dos impostos e das transferências constitucionais recebidas do Estado e da União.

 

No topo

O levantamento do MS em Brasília coloca dois municípios no topo do ranking: Iguatemi, administrada por Lídio Ledesma (PSDB), e São Gabriel do Oeste, do prefeito Jeferson Luiz Tomazoni (PSDB), tiveram nota A+, a maior de todas.

Prefeito de São Gabriel do Oeste, Jeferson Tomazoni: gestão acima da média
Prefeito de Iguatemi, Lídio Ledesma: entre as duas melhores gestões de MS

MELHORES administrações com nota A+ em 2023

CIDADE PREFEITO SIGLA
Iguatemi Lídio Ledesma PSDB
São Gabriel do Oeste Jeferson Tomazoni PSDB
Fonte: Tesouro Nacional | Levantamento: MS em Brasília

 

Além de avaliações positivas sobre os indicadores fiscais, essas cidades estão bem-posicionadas no ranking de informação contábil da Secretaria do Tesouro Nacional.

Com nota A, a segunda melhor avaliação, aparecem 21 municípios. Outros 20 tiveram nota B. Com isso, Mato Grosso do Sul tem 43 prefeituras aptas a buscar aval da União em caso de pedido de empréstimo. Mais do que isso, indica boa saúde fiscal e financeira.

MELHORES administrações com nota A em 2023

CIDADE PREFEITO SIGLA
Aparecida do Taboado José Natan Pode
Bonito Josmail Rodrigues PSDB
Brasilândia Antonio de Pádua MDB
Camapuã Manoel Eugênio Nery PP
Caracol Carlos Pagliosa PSDB
Cassilândia Valdecy Pereira da Costa PSDB
Chapadão do Sul João Carlos Krug PSDB
Figueirão Juvenal Consolaro PSDB
Itaquiraí Thalles Thomazelli PSDB
Jaraguari Edson Nogueira PSDB
Jateí Eraldo Jorge Leite PSDB
Laguna Carapã Zenaide Flores PSD
Nova Andradina José Gilberto Garcia PL
Novo Horizonte do Sul Aldenir Barbosa PSDB
Paraíso das Águas Anízio Andrade PP
Pedro Gomes William Luiz Fontoura PP
Santa Rita do Pardo Lúcio Calixto Costa PSDB
Sete Quedas Francisco Piroli PSDB
Sonora Enelto Ramos da Silva PP
Tacuru Rogério Torquetti PSDB
Três Lagoas Ângelo Guerreiro PSDB
Fonte: Tesouro Nacional | Levantamento: MS em Brasília

 

Já as prefeituras que tiveram notas negativas, C ou que não prestaram informações exigidas pela legislação, somam 36, entre elas Campo Grande. A capital enfrenta avaliações reprovadas desde 2017, quando o Tesouro Nacional passou a acompanhar a situação dos entes nacionais de forma mais ágil e objetiva.

MELHORES administrações com nota B em 2023

CIDADE PREFEITO SIGLA
Antônio João Agnaldo Marcelo PSDB
Batayporã Germino da Roz Silva PSDB
Bodoquena Kazuto Horii PSDB
Caarapó André Luiz Nezzi PSDB
Corumbá Marcelo Aguilar Iunes PSDB
Costa Rica Cleverson Alves PP
Dourados Alan Guedes PP
Glória de Dourados Aristeu Pereira Nantes PSDB
Japorã Paulo César Franjotti PSDB
Jardim Clediane Areco PP
Juti Gilson Marcos da Cruz PSDB
Ladário Iranil de Lima Soares PP
Naviraí Rhaiza PSDB
Nioaque Valdir Couto de Souza PSDB
Paranaíba Maycol Queiroz PSDB
Ponta Porã Eduardo Esgaib PSDB
Rio Brilhante Lucas Foroni MDB
Rio Verde Réus Sabedotti PP
Sidrolândia Vanda Cristina Camilo PP
Taquarussu Clovis do Nascimento PSDB
Fonte: Tesouro Nacional | Levantamento: MS em Brasília

 

Nesse período, Campo Grande foi uma das capitais com pior desempenho. Em 2021, por exemplo, durante a gestão do então prefeito Marquinhos Trad (PDT), a cidade esteve à beira da insolvência, situação mencionada em boletim da Secretaria do Tesouro Nacional (ver aqui).

PIORES administrações com nota C ou com informações inconsistentes (n.e / n.d) em 2023

 

CIDADE PREFEITO SIGLA
Água Clara Gerolina da Silva Alves PSDB
Alcinópolis Dalmy Crisóstomo Não localizada
Amambai Edinaldo Bandeira PSDB
Anastácio Nildo Alves de Albres PSDB
Anaurilândia Edson Takazono PSDB
Angélica Edison Cassuci PSDB
Aquidauana Odilon Ribeiro PSDB
Aral Moreira Alexandrino Arévalo PSDB
Bandeirantes Edervan Sprotte PP
Bataguassu Akira Otsubo MDB
Bela Vista Reinaldo Miranda PSDB
Campo Grande Adriane Lopes PP
Corguinho Marcela Ribeiro Lopes PSDB
Coronel Sapucaia Rudi Paetzold MDB
Coxim Edilson Magro PP
Deodápolis Valdir Luiz Sartor MDB
Dois Irmãos do Buriti Wlademir Volk PT
Douradina Jean Clavisso Fogaça PSDB
Eldorado Aguinaldo dos Santos Patriota
Fátima do Sul Ilda Salgado Machado PP
Guia Lopes da Laguna Jair Scapini PSDB
Inocência Antonio Angelo Garcia PP
Itaporã Marcos Pacco PSDB
Ivinhema Juliano Barros Donato PSDB
Maracaju José Marcos Calderan PSDB
Miranda Fabio Santos Florença PSDB
Mundo Novo Valdomiro Brischiliari PSDB
Nova Alvorada do Sul José Paulo Paleari PP
Paranhos Donizete Viaro PSDB
Porto Murtinho Nelson Cintra Ribeiro PSDB
Ribas do Rio Pardo João Alfredo Danieze PT
Rio Negro Cleidimar Camargo PSDB
Rochedo Francisco de Paula PSDB
Selvíria José Fernando PSDB
Terenos Henrique Budke PSDB
Vicentina Marcos Benedetti PSDB
***Pode haver pequenas distorções em relação ao partido a que está vinculado determinado gestor em razão de mudanças partidárias sem atualização das biografias. Pode haver ainda diferença entre o nome registrado na Justiça Eleitoral e o divulgado em sites de entidades ligadas aos prefeitos, como a Assomasul.
Fonte: Tesouro Nacional | Levantamento: MS em Brasília

 

PSDB hegemônico

Comandados pelo ex-governador Reinaldo Azambuja, os tucanos administram 64,5% dos 79 municípios, ou 51 prefeituras. Desse total, 28 prefeitos tiveram a gestão aprovada em 2023 pelo Tesouro Nacional, com notas A+, A e B. Outras 23 prefeituras foram reprovadas ano passado, com nota C, ou porque não prestaram informações exigidas pelo Tesouro Nacional.

O PP da senadora Tereza Cristina é o segundo com maior número de prefeitos. São 16 gestores progressistas, dos quais dez com notas A e B, ou 62,5%, percentual de boa gestão pouco inferior ao dos tucanos.

Bem atrás, com apenas cinco prefeituras, está o MDB, presidido pelo ex-senador Waldemir Moka. Desse total, três tiveram nota C e foram reprovadas e duas aprovadas com notas A ou B.

 

Outro lado

MS em Brasília mantém aberto espaço para que cada um dos 79 gestores dos municípios se manifeste. Esclarece que não ouviu seus representantes porque o levantamento do Tesouro Nacional é elaborado com base nos dados fornecidos pelas próprias prefeituras. Portanto, cada município tem conhecimento dos números e análises divulgados neste material.

(*) Reportagem de LARISSA ARRUDA | EMANUEL ALMEIDA – MS em Brasília – www.msembrasilia.com

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