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Fazendeiro se aproveitava de incêndio para devastar área no Pantanal e formar pastagem

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Ibama embarga mais de 4,5 mil hectares de áreas devastadas por infratores. Fogo usado para ampliação de pastagem ocasionou grandes incêndios florestais no Pantanal, segundo o órgão

PASSANDO O CORRENTÃO – Agentes do Ibama flagram ação oportunista em área que tinha sido afetada por incêndio
Por Agência 24h*

Operações de fiscalização realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Pantanal durante a atual temporada de incêndios florestais no bioma resultaram, até o momento, em mais de 4,5 mil hectares embargados e em cerca de R$ 2 milhões em multas aplicadas somente no município de Corumbá.

As informações foram divulgadas nesta sexta-feira, 26, e trazem um fato espantoso. Um fazendeiro se aproveitava dos incêndios para devastar e no futuro formar pastagem para criar gado.

De acordo com o Ibama, ação de agentes ambientais federais do Instituto neste mês de julho no município apreendeu três tratores e um correntão que estavam sendo utilizados por infratores para devastar uma área de mais de mil hectares, para produção de pasto.

O equivalente a cerca de 140 campos de futebol já havia sido destruído pelos equipamentos e foi embargado para possibilitar a regeneração da vegetação nativa. O proprietário da fazenda foi multado em mais de R$ 1 milhão.

Renovação de pastagem – Em outra ação, os agentes identificaram, com auxílio de imagens de satélite, uma área próxima à captação de água de Corumbá, localizada entre o Canal Tamengo e o rio Paraguai, que foi queimada ilegalmente para renovação de pastagem, gerando incêndio que atingiu mais de 2,4 mil hectares, que foram embargados. Dois proprietários de bois e cavalos foram notificados a retirem seus animais da área pertencente à União.

Participam também da Operação Pantanal 2024 a Polícia Federal (PF), a Polícia Científica do Estado de Mato Grosso do Sul e o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). “Enquanto os combates ocorriam nas frentes de fogo, com os brigadistas, as equipes de perícia e fiscalização dirigiam-se às origens dos incêndios, a fim de identificar as causas e os responsáveis”, explica Nicélio Silva, analista ambiental do Ibama que atua também como perito do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo).

Outros pontos em que foram identificadas infrações ambientais serão objeto de novas ações fiscalizatórias, com aplicação de multas e embargos.

(*) Fonte Assessoria de Comunicação do Ibama
Fotos: Nicélio Silva – Ibama

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